A revista “Granta Portugal“, inspirada na revista britânica e original “Granta” (ver caixa) lança em fevereiro um concurso internacional para escolher “os mais talentosos e promissores escritores de língua portuguesa”, com menos de 40 anos.
A Granta
A “Granta” remonta ao final do século XIX, quando foi lançado por estudantes de Cambridge. Voltou em 1979, com um novo rosto, periodicidade trimestral e o objetivo de apoiar novos autores. A Granta portuguesa é editada desde o ano passado, com direção do jornalista Carlos Vaz Marques. Com 1500 assinantes, “é considerado o caso de maior sucesso entre as edições internacionais da Granta”, diz Bárbara Bulhosa, da Tinta-da-China, que edita a publicação.
Uma iniciativa também importada da ‘revista mãe’ que, de dez em dez anos, publica um número especial dedicado aos “Melhores Jovens Escritores Britânicos”, com menos de 40 anos. É que, no Reino Unido, esta edição “prenuncia os autores que irão destacar-se no futuro, cauciona o seu trabalho literário e, envolta em grande secretismo, é sempre aguardada com muita expectativa e recebida com enorme cobertura mediática”, explicou Bárbara Bulhosa.
Assim, o quinto número da Granta Portugal, a sair em maio de 2015, vai ser a primeira edição de uma espécie de “Melhores Jovens Escritores de Língua Portuguesa”. Para participar basta ter nascido após o dia 1 de maio de 1975, em qualquer um dos oito países lusófonos.
Os textos – conto ou excerto de romance -, devem ser inéditos, não podem exceder os 50 mil caracteres (também não podem ter menos de 10 mil) e devem ser enviados entre 1 de fevereiro e 1 de julho. Os trabalhos não podem ter sido anteriormente publicados em nenhum meio – quer impresso quer eletrónico – e assim devem continuar até à publicação na Granta.
Depois de enviar a candidatura – que pode incluir ainda material complementar, como livros de sua autoria ou textos de ficção publicados em jornais ou similar – , o regulamento afirma que “o autor não poderá fazer qualquer tipo de acrescento ou revisão ao texto já entregue”. Para além disso, é “aceite apenas um volume por autor”. Estão excluídos do concurso, ensaios, textos dramatúrgicos e poesia.
O júri, ou comissão de leitura, é composto por cinco elementos e presidida pelo diretor da “Granta”. No fim, a revista será a detentora dos direitos de reprodução dos textos selecionados, tanto para a edição de língua portuguesa como para uma posterior edição em língua inglesa.