A sessão de avaliação do impacto do projeto cultural portuense "1.ª Avenida" decorreu esta quinta-feira, no edifício AXA, onde foi apresentada também a agenda para 2014.
A Avenida dos Aliados e a sua envolvente abriram as portas a 31 de outubro de 2012 para inaugurar o projeto “1.ª Avenida – Dinamização Económica e Social da Baixa do Porto”, resultado de uma parceria entre a Câmara do Porto, através da PortoLazer, e a PortoVivo. O balanço dos dois anos em que decorreu o projeto, direcionado para a dinamização cultural da Baixa do Porto, foi apresentado esta quinta-feira.
A iniciativa atraiu mais de 250 mil pessoas e contou com a participação de cerca de três mil artistas. A sessão de apresentação do balanço final foi moderada por Hugo Neto, administrador executivo da PortoLazer.
O primeiro orador foi Carlos Brito, pró-reitor da Universidade do Porto e responsável pelo estudo realizado. O objetivo do estudo visou “avaliar o impacto deste projeto fundamentalmente a quatro níveis: ao nível da revitalização da baixa, do envolvimento da população, avaliar a perceção do surgimento de produtos e serviços inovadores e também o impacto ao nível das indústrias criativas”, esclarece.
Porto vai ter “residências artísticas”
O presidente da Câmara do Porto disse, esta quinta-feira, após o balanço do projeto “1ª Avenida”, que vão avançar com “residências artísticas” na Sé e em Campanhã. A residência da Sé esta mais avançada, no entanto não deu mais informações sobre os projetos. Salientou ainda que a cidade deve apostar numa “estratégia integrada” entre o turismo e a cultura.
No decurso do projeto, o público frequentador foi, em geral, do sexo masculino, entre 18 e 35 anos, com formação superior e residente na zona do Porto, cuja preferência recaiu sobre a música e as exposições.
A maioria avaliou positivamente o impacto da iniciativa na Baixa do Porto. A apresentação de novos talentos, bem como o número de eventos culturais realizados, foram fatores determinantes para o otimismo em relação ao projeto, fortemente associado à cultura, à arte e à criatividade. Com base nas conlusões, o “desafio” a que se propõe o “1.ª Avenida” está no caminho certo.
Homenagem à street art e aos artistas portuenses
A segunda intervenção foi de Cláudia Melo, diretora artística do edifício AXA, que anunciou os principais destaques da agenda para este ano. A homenagem à street art e aos artistas portuenses dará início, a 30 de abril, ao programa do “1.ª Avenida”, que vai desde exposições fotográficas às oficinas para pais e filhos, passando pela música, pelo teatro e pela dança.
Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, também marcou presença na sessão. “A cultura é, para nós, a grande chave de saída”, afirmou. “Se calhar, [as pessoas] não gostaram assim tanto como dizem, mas tudo isto contribui para a sua auto-estima, principalmente num tempo em que os cidadãos andam tão tristes”, mas é inegável o “impacto” que já causou, referiu. Para Rui Moreira,”este projeto demonstra que é possível, sem grandes recursos, fazer o que é inesperado”.
O projeto “1.ª Avenida” é cofinanciado pelo Programa Operacional Temático Valorização do Território do QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e, para 2014, dispõe de cerca de cem mil euros.