Arranca esta terça-feira, dia 18, a segunda edição do Porto Femme, que até dia 22 de junho, vai ocupar diversos espaços da cidade Invicta. A cerimónia de abertura do festival vai ter lugar no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, a partir das 22h00, mas as sessões e outros eventos vão passar também pelo Cinema Trindade, Selina Porto e Maus Hábitos. Para esta edição, o Festival Internacional de Cinema no feminino selecionou um total de 116 filmes, “o dobro do ano passado”, de 32 países.
Além da competição para estudantes, uma das novidades desta edição, onde será dado espaço a 29 filmes de cineastas de “todo o país”, mantêm-se a competição internacional, com 53 filmes, entre longas e curtas de ficção, documentários e filmes experimentais e a competição nacional, com 16 filmes.
Adicionalmente, o festival vai contar com 18 filmes da competição XX Element, que visa dar espaço a homens realizadores “que tenham uma temática direcionada para as questões da igualdade de género e da mulher ou então que tenham, pelo menos, uma mulher a desempenhar um papel importante e de destaque no filme”, explica Ana Castro, da organização, ao JPN.
Um dos objetivos do festival é dar visibilidade a mulheres-cineastas que marcaram a história do cinema português. Depois de em 2018 ter homenageado Bárbara Virgínia, a primeira realizadora portuguesa de uma longa-metragem de ficção em Portugal, este ano a organização vai premiar a cineasta Monique Rutler, uma das realizadoras mais importantes do pós-25 de Abril. “Um dos nossos objetivos é resgatar as mulheres que estiveram na história do cinema nacional desde o início e que não são conhecidas”, adianta.
A aposta formativa vai ser apresentada sob a forma de dois workshops para mergulhar na arte cinematográfica dados por Raquel Freire e Inês Oliveira. “Além do festival, também fazemos sessões mensais nos Maus Hábitos, desde 2017, e trazemos filmes de todo o mundo, porque realizámos parcerias com outros festivais de cinema que também comungam os mesmos ideais que nós. O feedback é muito positivo”, afirma Ana Castro.
Em 2019, o Porto Femme volta a abrir espaço a outras artes e no Selina Porto vai promover uma exposição coletiva de Clara Não e de Cara Trancada, projeto que surge da necessidade de desconstruir tabus em relação à sexualidade. A mostra vai ser inaugurada quarta-feira, 19, pelas 18h30, e fica patente até 30 de junho.
Com exceção das exibições do Cinema Trindade, todas as sessões serão gratuitas. A programação completa pode ser consultada aqui.