Com a situação epidemiológica a agravar-se, no país e na região, a Universidade do Porto (UP) decidiu retomar o programa de testes gratuitos de diagnóstico da Covid-19 já a partir desta sexta-feira (19).

Ao JPN, a task-force da instituição esclarece que o programa estava “suspenso” desde 31 de outubro “por falta de procura pela comunidade”. Pela mesma razão, a UP já tinha reduzido, no mês de outubro, os dias de funcionamento do programa para apenas três por semana (segundas, quartas e sextas das 09h00 às 13h00).

É nesse esquema que se fará a retoma: a partir desta sexta-feira, estudantes, funcionários e docentes da UP podem agendar um teste rápido através da plataforma de marcações para um dos dias mencionados.

O centro de testagem da UP está instalado no edifício Abel Salazar, junto ao Hospital de Santo António, nas antigas instalações do ICBAS.

“Os testes rápidos de antigénio (TRAg) para o SARS-CoV-2 são realizados por amostras da nasofaringe obtidas com recurso a zaragatoa, e os resultados são enviados por email cerca de 30 minutos após a realização do teste”, como informa a task-force.

Alerta à comunidade

A retoma do programa de testes gratuitos é anunciada dois dias depois do mesmo grupo de trabalho ter enviado para toda a comunidade académica da UP um alerta.

A mensagem, esclarece fonte da task-force ao JPN, resultou de um apelo direto das autoridades de saúde locais que identificaram um aumento dos casos de infeção na região do Porto “associados a eventos e outras atividades sociais em que participaram estudantes da U.Porto.”

“De acordo com as autoridades de saúde, estes casos têm ocorrido em ocasiões em que se verifica uma maior proximidade física entre as pessoas e uma menor utilização de máscara facial, nomeadamente durante refeições de grandes grupos ou em convívios e ensaios de grupos académicos“, lê-se no alerta enviado à comunidade académica.

Além do uso de máscara em locais com maior concentração de pessoas e do recomendado distanciamento físico, a task-force da UP pede também a todos os membros da academia para avaliarem individualmente a “relação risco/benefício antes da participação em eventos em que não seja possível minorar adequadamente o risco da transmissão da infeção.”