Professora e investigadora da Faculdade de Medicina e vice-presidente do IPATIMUP, Raquel Seruca teve uma carreira de mais de 30 anos dedicados à investigação, em particular do cancro gástrico e do cólon. Faleceu aos 59 anos. O velório é esta segunda-feira, às 14h00.
Raquel Seruca, professora afiliada e investigadora da Faculdade de Medicina (FMUP) e vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), faleceu durante a noite passada, aos 59 anos de idade, vítima de doença prolongada.
O velório está marcado para esta segunda-feira, a partir das 14h00, na Igreja de Cedofeita, no Porto. O funeral realiza-se amanhã, dia 31, na mesma igreja, a partir das 15h00.
Raquel Seruca é autora de um extenso trabalho na área da investigação, em particular na área da genética do cancro – gástrico e do cólon -, ao longo de mais de 30 anos de carreira. Nasceu e viveu no Porto, licenciou-se e fez o doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), tendo passado ainda pela Universidade de Groningen, nos Países Baixos.
Em comunicado, a Universidade do Porto (UP) fala da “uma das mais brilhantes cientistas portuguesas de sempre” e destaca o trabalho da professora na investigação genética para o “estudo e tratamento do cancro”. A UP destaca ainda Seruca como “uma referência mundial na investigação do cancro gástrico”.
Em agosto de 2020, definiu mesmo orientações para clínicos e doentes no sentido de lidarem com uma síndrome rara associada a este tipo de cancro.
Foi no âmbito do trabalho em relação ao cancro do estômago que a investigadora foi premiada em 2009 com a insígnia de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo então Presidente da República, Cavaco Silva. Recebeu, no ano de 2014, a “medalha de ouro de mérito científico” entregue pela Câmara Municipal do Porto.
Foi distinguida recentemente com o Prémio Activa Mulheres Inspiradoras da Ciência 2021 e conta ainda dois prémios Labmed (2002 e 2003) e dois prémios Benjamin Castelman USCAP (2001 e 2012).
Raquel Seruca era também membro do conselho científico consultivo da associação “No stomach for cancer“, que apoia famílias com cancro gástrico.
Artigo editado por Filipa Silva