Ainda ninguém conseguiu perceber se é um pequeno porco, uma vaca ou até um coelhinho, mas são muitas as apostas. Seja o que for, o Kissenger é um pequeno robô esférico, do tamanho de uma bola de ténis, com lábios de silicone, que permite beijar parceiros à distância e emite ruídos similares aos do porquinho da índia.

A invenção já está a criar sensação na Internet e em alguns países asiáticos e partiu de Hooman Samani, um investigador em Inteligência Artificial da Universidade de Singapura que já é conhecido por este tipo de trabalho e que inaugurou uma nova região do estudo científico, que denominou de Lovotics – (Love + Robotics), que estuda as relações entre humanos e robôs.

O Kissenger é conectado ao computador através de uma porta USB, enquanto fala no Skype com alguém, e basta beijar o dispositivo ao mesmo tempo que o parceiro para que este se molde em torno dos lábios e simule a sensação de um beijo humano real. Mas parece que o Kissinger não exige a presença de outro humano para a troca de beijinhos, já que detém um motor interno.

Lovotics aposta no estudo das relações humano – robô

Além da interação de humano para humano, existem ainda mais duas opções. A primeira permite beijar um robô, em que um conjunto de lábios artificiais é colocado num robô humanóide e que, segundo o site da Lovotics, “permite relações mais estreitas e realistas entre humano e robô”. A segunda permite, por exemplo, beijar uma personagem virtual de um jogo, “providenciando uma ligação entre o mundo real e virtual”.

Mas o Kissinger não é a primeira aposta bizarra de Samani. Em novembro de 2011 apresentou a “Pillow Talk”, uma almofada com batimento cardíaco, que reproduz o batimento cardíaco do parceiro e que dá a ilusão de o ter a dormir mesmo ao lado. O protótipo já está disponível mas o produto ainda não está nos mercados.

Ao longo dos últimos anos, o investigador tem feito ainda alguns vídeos desconcertantes, resultado da sua experiência em equipar robôs com versões robóticas de hormonas, como a dopamina ou a oxitocina, que podem “aumentar ou diminuir, dependendo do quão apaixonado está o robôt”, diz o “The Huffington Post”.

O que é certo é que, com a Lovotics, as relações à distância e os “forever alone” parecem ter ganho um novo alento.