São várias as associações de estudantes que se juntam à primeira Mega Dádiva de Sangue e Medula Óssea de 2014. A iniciativa arrancou esta segunda-feira, 10 de março, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e termina a 3 de abril, na Universidade Católica da Foz.

Maria João Medeiros, do Instituto Português de Sangue e da Transplantação (IPST) faz referência para a importância de os mais jovens doarem sangue, porque, “como são mais novos, pretende-se que, ao angariar dadores nessa faixa etária, tenham mais tempo para prolongar a sua dádiva ao longo da vida”.

A idade e também os hábitos de vida são fatores importantes na qualidade do sangue. Nesta edição é lançado um novo desafio: “Competição pela vida”, que consiste em que cada dador de sangue, estudante do Ensino Superior ou não, associe a sua doação a uma associação de estudantes. O objetivo é saber quais foram as associações de estudantes que mobilizaram mais pessoas a doar.

“Há algum medo das agulhas, algum desconhecimento em relação a algumas possíveis reações físicas que possam ocorrer ou não, em relação à dor, ao que é que acontece à pessoa, inclusive, até, se o sangue é assim tão preciso e tão necessário”, afirma Maria João Medeiros, que faz algumas formações para dissipar estas dúvidas. No entanto, não é o medo que impede as pessoas de doar sangue.

Locais da Mega Dádiva de Sangue

FEP: 10 de março, das 14h às 19h; ICBAS/FFUP: 11 de março, das 14h às 19h; FLUP: 12 de março, das 14h às 19h; FCUP: 13 de março, das 9h às 19h; ISEP: 17 e 18 de março, das 14h às 19h30; FEUP: 19 e 20 de março, das 9h às 19h; FDUP: 20 de março, das 14h às 19h; Lusíada: 26 de março, das 14h às 19h; ISSP: 26 de março, das 9h às 12h30; ESTSP: 2 de abril, das 14h às 19h; Católica Foz: 3 de abril, das 9h às 12h30;

Mariana Maia estuda na Universidade Fernando Pessoa e é dadora desde os 18 anos. Começou a doar por “saber que há uma grande necessidade em Portugal de sangue e que muitas vezes pode-se salvar uma vida só com uma dádiva”. Também pelos mesmos motivos, Robert Medeiros, estudante da Universidade Lusíada do Porto, é dador. Foi a primeira vez com os amigos e nota que “há cada vez mais pessoas interessadas a doar sangue”.

“Há muito caminho a percorrer, mas também ainda não estamos no início do mesmo”, diz a coordenadora da Mega Dádiva de Sangue do Centro de Sangue e Transplantação do Porto. Maria João Medeiros afirma que os portugueses são solidários e respondem muito bem a um apelo de dádiva, mas que, por vezes, não dão continuidade a esse processo.

Mariana Maia é da mesma opinião. Há cada vez mais portugueses dadores devido “à divulgação feita nos últimos anos também por parte das figuras públicas”. A Mega Dádiva de Sangue e Medula Óssea, promovida pela Federação Académica do Porto (FAP) e pelo IPST, vai passar por instituições como a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto ou a Universidade Lusíada (ver caixa).