Foi uma morte silenciosa e tranquila a que levou Michelangelo Antonioni. O realizador faleceu segunda-feira, “calmamente, em sua casa, com sua mulher, Enrica Fico, a seu lado”, de acordo com a agência noticiosa italiana Ansa. Tinha 94 anos.

Para a história ficam mais de seis décadas de percurso. Antonioni ficou conhecido como o cineasta da incomunicabilidade, do “mal-de-vivre” e do amor impossível. Morreu no mesmo dia que Ingmar Bergman, outro vulto do cinema moderno.

O cineasta italiano deixa uma obra reconhecida com vários prémios, como o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 1964, pelo filme “O Deserto Vermelho”, a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1967, por “Blow Up – História de um Fotógrafo”, e um prémio especial atribuído pelo júri do Festival de Cannes, por “Identificação de Uma Mulher”, em 1982.

Em 1995, recebeu o Óscar de carreira, e, em 1997, o Leão de Ouro em Veneza, como reconhecimento pelo seu percurso de realizador.