Daniel Pires, fundador do Maus Hábitos, refere que "o intuito será fazer ainda mais ligações entre o Centro de Cinema Batalha e a intervenção cultural que o Maus Hábitos" pode vir a ter no espaço. O bar é inspirado na cultura dos anos 40.
O bar “High Life“, inspirado na cultura dos anos 40, reabriu esta sexta-feira (5) no Batalha Centro de Cinema. A inauguração aconteceu na sequência das comemorações do 25.º aniversário do Maus Hábitos.
Sob o nome “High Life”, o bar carrega na sua denominação a história do Batalha. O salão que promovia a exibição cinematográfica na cidade do Porto desde o início do século XX deu, nos anos 40 – mais concretamente em 1944 -, lugar ao edifício que agora alberga o histórico cinema da cidade. “O ‘High Life’ já era o nome de um salão que também promovia cinema. A sua data ronda os anos 40 e nós também decidimos aplicar um bocadinho da cultura dos anos 40 ao bar”, explicou Ricardo Dias Alves, responsável pelo espaço.
Com luzes de tons quentes a salientar a estética dos anos 40, o ambiente é transportado de igual forma para a carta do bar. “Pegamos em algumas bebidas que eram mais conhecidas na altura, como o absinto – que era o mais em voga na Europa em geral -, os licores, o café de filtro e, ao mesmo tempo, pegar na cultura do salão de chá e misturá-la um bocadinho com o snack-bar aqui do Porto. Daí termos o chá, o brownie, quem sabe outras coisas novas para a frente e, ao mesmo tempo, os salgadinhos, rissóis, bolinhos de bacalhau, pastéis de nata, e um copinho de vinho branco ou uma cervejinha rápida”, salientou Ricardo Dias Alves.
Ao JPN, Daniel Pires, fundador do Maus Hábitos, disse que a oportunidade para reabilitar o espaço surgiu “por convite”. “Houve um concurso público que ficou vazio de entidades a proporem-se e, entretanto, como ficou vazio, houve a possibilidade de a Câmara convidar alguém e convidaram-nos. Muito rapidamente dissemos que sim e, pronto, acumulou-se ao aniversário”, contou o diretor do espaço urbano.
As expectativas para a concretização de uma programação especial no “High Life” mantêm-se vivas para Ricardo Dias Alves. “O Maus Hábitos, para além da sua parte de bar, de night-life, e mesmo de restaurante, sempre esteve ligado à programação musical e à intervenção cultural. Ao entrarmos nesta parceria com o Batalha, o intuito também será fazer ainda mais ligações entre o Centro de Cinema Batalha e a intervenção cultural que o Maus Hábitos pode vir a ter aqui. Temos uma pequena sala com espaço para concertos, apresentações de projetos, livros. Há agora várias portas que se estão a abrir para vários projetos”, contou o responsável do bar.
Quanto à restante planificação das comemorações dos 25 anos do Maus Hábitos, Daniel Pires confessa que “há muita programação”. “Vamos abrir a parte do quinto andar, onde vivi durante 20 anos. Vai haver fado, vai haver jazz. Será uma programação um bocadinho mais artística em termos de qualidade de projetos musicais. Vamos brincar com uma série de coisas para também espicaçar as pessoas que cá vêm e proporcionar uma experiência. Estamos a fazer uma série de coisas ao mesmo tempo e tudo caiu em abril. Em abril, projetos mil”, referiu o fundador do Maus Hábitos.
Em relação ao futuro, o diretor do espaço mostrou-se positivo. “Agora fizemos 25 anos, podemos fazer mais 25”, concluiu.
Editado por Inês Pinto Pereira