Foi a equipa 51, com o nome “AnacletoBesugos”, que ganhou esta edição das Férias Desportivas da UP, que decorreu entre 13 e 18 deste mês. Em segundo lugar, ficou a equipa d` “Os Viciados”, a número 8, de estudantes de Medicina. A equipa vencedora ganha a inscrição para a próxima edição do campo, em 2005. A equipa da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física terminou a semana com uma pontuação final de 375 pontos. Os estudantes de Medicina fizeram 354 pontos.

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A equipa da FCDEF foi melhor nas provas do futebol, da Loucura Total (o pedi-paper no aldeamento e na praia) e da Corrida Mais Louca do Mundo (através de insufláveis montados à volta e sobre a piscina).

Daniel Vieira, técnico de desporto da Federação Académica do Porto (FAP), saudou o facto de este ano só 14 equipas (em 70) não terem feito pontos. “Poucos equipas fizeram zero” pelo que terá havido mais participação nas actividades desportivas este ano.

O torneio de futebol, no primeiro dia de actividades, foi o que reuniu mais participantes. A equipa 51, que viria a terminar o campo de férias em primeiro lugar, ganhou na final do futebol. A chuva inesperada impossibilitou a realização dos jogos previstos para o segundo dia, quinta-feira.

À noite, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, não se realizaram actividades para pontuar, como o karaoke ou o concurso de dança. Mas a tenda na esplanada do bar do Barril encheu todas as noites, especialmente nas noites de sexta-feira e sábado. O motivo foi a afluência de pessoas das redondezas. A organização reforçou a segurança na passagem para a praia, prevendo alguma confusão.

Se as noites aborreceram quem queria dormir e não conseguiu ou quem viu a sua propriedade estragada, os dias foram um oásis para as crianças e alguns adultos em Pedras d’el Rei.

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Pinto, a trabalhar na nas actividades ditas “radicais” pela empresa “Nó de Oito”, disse ao JornalismoPortoNet (JPN) que os dois irmãos de Oliveira de Azeméis foram a companhia dele e dos colegas da “Nó de Oito” durante os dias do campo de férias. Os miúdos de Gaia experimentaram toda e qualquer actividade e não foram os únicos.
Os graúdos também acharam piada às actividades. O JPN encontrou o francês Alain a filmar as equipas da UP nos matrecos humanos. O estrangeiro achou piada aos insufláveis montados no Barril e disse que “em França os estudantes podiam organizar eventos como este”.

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“A organização esteve melhor este ano”

Daniel Vieira já integrou a organização das Férias Desportivas oito vezes. Técnico de Desporto da FAP há 3 anos, disse ao JPN que “apesar da organização ter corrido bem, o comportamento dos participantes foi pior”. Marta Couto, responsável pelos campos de férias dentro da Comissão Executiva do Desporto (CED) da FAP, avançou-nos que a organização esteve melhor este ano porque “as pessoas trabalharam todas para o mesmo”.

Apesar da organização ter funcionado melhor este ano, Marta Couto admitiu ter havido algumas falhas como, por exemplo, por parte da segurança: “apesar da equipa de seguranças ser a mesma, há pessoas que nunca tinham ido e não têm o melhor perfil para estar no campo de férias. Não souberam distinguir o que era trabalho do resto”.
Estaria a responsável pelos campos de férias a falar do strip de um dos seguranças no bar do comboio e de outras brincadeiras do género? Apesar de ter havido “alguma confusão entre trabalho e diversão”, Marta Couto assegurou que “não houve desatenção ou falhas na segurança propriamente dita”.

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Este ano a FAP procurou reduzir custos de manutenção do staff. “Era costume ir um número elevado de pessoas na organização que não se justificava. De acordo com anteriores dirigentes da FAP e com os técnicos de desporto, não eram precisas tantas pessoas para por a andar o campo de férias”, explicou Nuno Reis. Segundo o presidente da federação, a politica da sua direcção é que não hajam gastos desnecessários. Para além da contenção de custos, foi feito o registo de todos os gastos que será apresentado daqui a um mês. “É positivo porque para o ano estamos em condições de fazer um campo melhor”.
Nuno Reis disse ainda ao JPN que estes campos de férias “não são pensados para dar lucro” e garantiu que o que os participantes pagam não chega para cobrir todos os gastos que a FAP tem na organização do evento.

Ana Isabel Pereira (texto e fotos)