O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, vai reunir com dirigentes associativos na Federação Académica do Porto (FAP) no dia 24 de Abril para resolver alguns dos problemas que afectam a vida estudantil. O encontro acontece depois da publicação de uma carta de protesto contra a falta de alternaticas de estacionamento no Campo Alegre, assinada pelos presidentes das associações de estudantes das faculdades de Arquitectura (FAUP) e de Ciências (FCUP).
As queixas que se podem ler na carta publicada em diferentes órgãos de comunicação social são várias. As alterações ao estacionamento automóvel no pólo universitário do Campo Alegre da UP são a maior reclamação. “Agora, num dos lados da Via Panorâmica é proibido estacionar e, no outro lado da via, onde ainda é permitido estacionar foram colocados parquímetros, tendo o mesmo acontecido na Rua das Estrelas (…) o que feito diariamente se torna um grande esforço financeiro”, pode ler-se no documento.
Em declarações ao JPN, o presidente da Associação de Estudantes da FAUP, Tiago Oliveira, disse que os objectivos da publicação do protesto são a criação de um parque de estacionamento e uma maior coordenação entre a Polícia Municipal e a PSP que actuam na área. “A polícia acordou connosco, no início do ano lectivo, que desde que não prejudicássemos o trânsito normal desta via, não havia problema em estacionar. Este pacto foi quebrado”, acrescentou.
Questionado sobre a viabilidade do parque de estacionamento, Tiago Oliveira responde: “Há aqui terrenos da reitoria. Em sede do plenário da Universidade do Porto ficou estipulado que uma percentagem do valor acima da propina mínima iria para a reitoria de forma a aplicar medidas conjuntas para as faculdades. Aí iríamos buscar a verba, senão na totalidade, pelo menos lá perto para a construcção do parque. Neste momento está a faltar força de vontade porque há meios e terreno próprio”.
Na carta consta também a indignação dos estudantes quanto à falta de uma política de transportes públicos “eficaz” concertada com a introdução dos parquímetros. Por outro lado, os dirigentes associativos queixam-se das “visitas de fiscais da Câmara, que multam indiscriminadamene, bloqueando e rebocando todos os veículos infractores”.
