O Hospital de S. João (HSJ), a maior unidade de saúde do Norte, está em vias de sofrer uma “revolução” a todos os níveis. O hospital está em obras até 2009. O custo total do investimento ronda os 70 milhões de euros.

As obras da primeira fase estão já em curso. Algumas delas já serão inauguradas este ano, como a ala sul poente e as urgências renovadas. É uma nova face que se anuncia para uma estrutura de saúde envelhecida.

Em conferência de imprensa, hoje, segunda-feira, o presidente do Conselho de Administração do HSJ, José Eduardo Guimarães, afirmou que estas mudanças pretendem “um hospital centrado no doente, que promova a saúde”. As novas instalações têm como objectivo assegurar uma melhor qualidade de atendimento aos pacientes bem como melhores condições de higiene.

Outra mudança será a remodelação do internamento. Os cuidados médios e os cuidados intensivos terão um reforço no número de camas, enquanto as enfermarias serão reformuladas. Estas passarão a ter no máximo três camas e casa de banho individual. Mudanças que reflectem um novo conceito de internamento hospitalar. “As fronteiras de internamento vão ser diminuídas”, afirmou José Eduardo Guimarães.

As enfermarias deixarão de ser estanques, de modo a que nunca atinjam uma situação de saturação. Salvaguardam-se os casos de doentes específicos, como as crianças.

Novo edifício em Abril

A primeira fase está já em execução. Em Abril será inaugurado o novo edifício Sul poente, onde funcionarão em condições modernas a cirurgia torácica, as doenças infecciosas e a pneumologia. As Urgências, até agora uma unidade degradada do HSJ, também serão renovadas, sendo esperado no fim do ano a sua reabertura.

No edifício principal também estão a ser executadas obras de remodelação. Os pisos 4, 5 e 6 estarão em obras até Setembro. Nesse mês reabrem com serviços deslocados de outros andares.

Outra das medidas será a construção, numa fase mais avançada, de um novo edifício para as consultas externas. O edifício actual, reconhece a direcção, está demasiado velho, não oferecendo condições básicas como o ar condicionado.

A rede eléctrica será também alterada. Actualmente, esta ameaça ruptura. A solução passará pela construção de uma central de cogeração, que se autofinanciará.

Texto e foto: Duarte Sousadias