A Polícia de Segurança Pública (PSP) apresentou hoje, segunda-feira, no Porto, o Plano de Segurança para o Europeu de Sub-21, que começa amanhã com o Portugal-França, em Braga.

A operação, que decorre até ao fim da prova a 4 de Junho, vai envolver os comandos do Porto, Braga e Aveiro. A conferência de imprensa de hoje utilizou o sistema de videoconferência, unindo os comandos de Porto, Braga e Aveiro e a direcção nacional da PSP, em Lisboa.

O dispositivo de segurança conta com cerca de 2.400 efectivos da PSP que vão garantir a segurança nas imediações dos estádios e nas cidades onde se realizam os jogos – Braga, Barcelos, Guimarães, Aveiro, Águeda e Porto.

As preocupações da PSP do Porto centram-se sobretudo na final do Europeu, que vai ser jogada no Estádio do Bessa. Para esse jogo vão estar destacados 700 agentes e o trânsito nas artérias envolventes ao estádio será condicionado.

O porta-voz do comando metropolitano do Porto, Marco Teixeira, explicou que a polícia vai “actuar com ‘low profile'” e “baixa ostensividade”, prestando especial atenção ao trânsito automóvel. Em caso de conflito, o tempo de resposta será imediato devido à “elevada mobilidade” das forças policiais.

Durante o Europeu, vai funcionar no Porto um centro de informação que operará durante 24 horas por dia e fará a articulação com os comandos de Braga e Aveiro. Se acontecerem problemas de maior, o centro comunicará à direcção nacional da PSP em Lisboa.

Nas cidades, o modelo de intervenção assenta em cinco etapas em função da gravidade da situação: primeiro, há policiamento de proximidade; de seguida, podem entrar em acção brigadas de intervenção rápida e prevenção criminal; numa terceira fase, acontecerá uma intervenção mais dura destas brigadas; num quarto nível, intervém o Corpo de Intervenção e, finalmente, numa quinta fase, agirá o Grupo de Operação Especiais.

Já nos estádios sob a sua responsabilidade, a PSP aposta em outros cinco níveis de acção: numa primeira fase, intervêm os Assistentes de Recinto Desportivo; numa segunda etapa, actuam polícias não uniformizados; num terceiro nível, actuam as equipas de intervenção rápida sem equipamento de ordem pública; num quarto grau, as mesmas equipas actuam mas já com equipamento de ordem pública; e, na última fase, é chamado o Corpo de Intervenção.

A PSP não espera uma “afluência tão grande quanto no Euro 2004”, dado que a maior parte dos adeptos serão familiares e amigos dos jogadores, alguns turistas estrangeiros a passar férias em Portugal ou imigrantes.

Ana Rita Basto
Pedro Rios
Foto: FPF