A governadora civil do Porto, Isabel Oneto, anunciou ao início da tarde de hoje, segunda-feira, que o combate ao incêndio que lavra desde as 6h, em Valongo, vai ser reforçado com mais 100 bombeiros vindos de Lisboa e Setúbal.

O fogo, que deflagrou numa zona florestal, chegou a ameaçar a aldeia de Couce, entretanto evacuada, mas já não ameaça habitações, acrescentou Isabel Oneto. “Estão a ser colocadas barreiras estratégicas para evitar que as chamas avancem”, afirmou, em entrevista à Sic Notícias.

Apesar da situação estar resolvida nas localidades onde as casas estiveram em perigo, três frentes continuam activas, sendo que uma “não está controlada”.

Questionada sobre se havia alguma previsão para a extinção do incêndio, a governadora civil não quis adiantar qualquer informação. “Neste momento, o que nos preocupa é controlar o fogo de forma a evitar que chegue perto das populações”, esclareceu.

Às 16h, em todo o país, estavam nove incêndios por circunscrever, cinco dos quais na zona do minho, norte e centro. O distrito do Porto é um dos mais fustigados pelas chamas, tendo sido activado o alerta laranja.

No mês de Julho, em que morreram sete bombeiros, ocorreram 5.211 incêndios, que consumiram 5.761 hectares. A Direcção-Geral dos Recursos Florestais considera os números “bastante inferiores aos valores médios para este período”, sobretudo no que respeita à área ardida.

Em 2005 registaram-se mais de 35 mil incêndios, nos quais morreram dezanove pessoas, incluindo doze bombeiros, e arderam quase 300 mil hectares de floresta.

João Queiroz
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Foto:SXC