“Respirar, relaxar e sair da claustrofobia da cidade” do Porto. É o objectivo de “Jardim”, uma intervenção artística de Filipa Guimarães, para ver no Plano B, um espaço cultural e bar nos Clérigos.
A intervenção faz parte de um projecto de investigação em espaços públicos, que a artista começou por expor nas ruas da Baixa portuense há cerca de um ano. Encontra agora, e até 3 de Março, um “abrigo” no Plano B.
No chão, há um mapa da Baixa polvilhado com plantas, símbolos de uma vivacidade que Filipa Guimarães não encontra no Porto, “por si só uma cidade cinzenta”.
“Julgo que [o Porto] precisa de luz no seu vasto sentido – mais cor, mais cultura, menos rotina. Sinto a cidade adormecida e luto para a fazer despertar, sair da inércia e apatia em que se encontra”, aponta.
A preocupação estética é uma “forma de atrair a atenção para questões que promovam a reflexão”. A preocupação social é, por isso, dominante num projecto que “não é pintura, nem escultura, nem performance, nem instalação, nem vídeo, nem fotografia”.