Um trabalho de investigação de Daniel Pipeleers, Bart Keymeulen e Zhidong Ling sobre a diabetes foi o grande vencedor da 12ª edição do Grande Prémio Bial de Medicina. A entrega dos prémios decorreu esta quarta-feira no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).

A cerimónia contou com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, do ministro da Saúde, Correia de Campos, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. O reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, esteve também presente, em representação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.

O Grande Prémio Bial, no valor de 150 mil euros, foi para um projecto de investigação sobre o tratamento da diabetes tipo I, que pode trazer novidades na cura da doença. O Prémio Bial Medicina Clínica, no valor de 50 mil euros, foi atribuído a uma equipa de investigadores portugueses. “Iguais ou diferentes? Cuidados de saúde materno-infantil a uma população de imigrantes” é o título do estudo.

Prémio Bial como “estímulo, recompensa e motivação”

O Presidente da República destacou a importância do Prémio Bial, classificando-o como “um estímulo e uma recompensa para aqueles que se dedicam à investigação”, “uma fonte de prestígio, porque tem um alcance internacional e é uma motivação para aqueles que estão a começar a investigar”.

Cavaco Silva disse ainda que o papel dos cientistas é um “contributo para a competitividade do país”. “Promover uma cultura científica e o desenvolvimento de um espírito de inovação” podem ser outros elementos-chave nesse caminho. Portugal “precisa de mais cooperação entre o mundo académico e o mundo empresarial”, defendeu.

Maior internacionalização é a grande vitória

O júri do Prémio Bial foi presidido pelo director do IPATIMUP, Sobrinho Simões. No final, mostrou-se bastante satisfeito: “Conseguimos recolher 49 trabalhos excepcionais na sua maioria – 31 portugueses e 18 estrangeiros – e conseguimos pela primeira vez tornar o prémio Bial muito internacional porque ganha um grupo belga e uma das menções honrosas é de um grupo dos EUA”. “Acho que não podia ser melhor”, concluiu.