Reduzir a emissão de gases de efeito estufa para 8% é o objectivo da União Europeia (UE) a 15 para 2012, ano que marca o fim do protocolo de Quioto. O valor poderá subir para os 11,4% se a UE reforçar as medidas de combate às alterações climáticas, que já começaram a ser aplicadas, diz o Comissário para o Ambiente, Stavros Dimas, em comunicado.
A UE pretende apresentar na Conferência da ONU sobre as alterações climáticas que decorre em Bali, de 3 a 14 de Dezembro, um novo plano de acção para reduzir a emissão de gases poluentes e combater o aquecimento global.
Reduções obrigatórias e mais cooperação
A proposta, que pretende ser um acordo pós-Quioto, foi definida pelo Conselho de Ministros, em Outubro. Indica uma série de objectivos que devem ser cumpridos a médio e longo prazo. Se a discussão sobre o tema já começou há dois anos, a UE considera imperativo passar agora para negociações a nível mundial.
Para conseguir limitar o aquecimento global (2ºC acima dos níveis de temperatura pré-industriais) será necessário reduzir as emissões mundiais para níveis inferiores a 50%, em comparação com os níveis de 1990.
É necessário apoiar os países em crescimento para poder limitar os níveis de emissões resultantes do desenvolvimento económico, consideram os responsáveis da UE. Note-se que, em 2005, a UE-15 conseguiu baixar as emissões e, ao mesmo tempo, a economia cresceu 35%.
Pobres “pagam” alterações no clima
A ajuda aos países em desenvolvimento foi também uma proposta presente no relatório Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado na terça-feira. O documento reforça a ideia de que os países mais pobres vão ser os mais prejudicados com as alterações climáticas.
A intensificação na cooperação em investigação, desenvolvimento e implantação de tecnologias ecológicas é outro passo fundamental proposto pela UE. Preparar a adaptação para as mudanças inevitáveis e ajudar os países mais vulneráveis é outra meta.