De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2007 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% em volume, o que equivale a mais 0.6 pontos percentuais (p.p.) do que o verificado no ano anterior.

Um dos aspectos que influenciou este comportamento foi a evolução da procura interna, sobretudo devido à recuperação do investimento. O INE revela que a economia cresceu ao ritmo mais elevado desde 2001 e terminou o ano em aceleração.

Em termos nominais, o PIB ascendeu a cerca de 162,9 mil milhões de euros, mais 4,9% do que o valor do ano anterior. A aceleração da procura interna chegou a ultrapassar a redução do contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB.

Já no último trimestre de 2007, o PIB cresceu 2,0% em volume face ao período homólogo de 2006, acelerando 1,7% em relação ao trimestre anterior. A procura interna influenciou em muito esta evolução, ao contribuir com 3,4 p.p. para o crescimento do PIB face aos 2,3 p.p no ano anterior, sobretudo em função do comportamento do investimento, que cresceu 3,2% em 2007, após ter caído 0,8% em 2006.

Agravamento do saldo da balança comercial com os países terceiros

De acordo com o INE, nos últimos três meses, registou-se um aumento de 8,6% das exportações e de 20,7% das importações comparativamente ao período homólogo – Novembro de 2006 a Janeiro de 2007 – o que implica um agravamento do saldo da balança comercial com os Países Terceiros.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, nos últimos três meses, as exportações cresceram 2,0% e as importações 11,6% relativamente ao período homólogo – Novembro 2006 a Janeiro 2007. A taxa de cobertura das importações pelas exportações desceu 6,8 p.p.

Nos últimos três meses, as categorias económicas que registaram maiores crescimentos nas importações foram os combustíveis e lubrificantes com 32,7%, o material de transporte e acessórios com 26,1% e os produtos alimentares e bebidas com 22,3%, relativamente ao período homólogo de Novembro de 2006 a Janeiro de 2007.

Quanto às importações, no mesmo período, os maiores aumentos registaram-se ao nível dos combustíveis e lubrificantes com 69,4%, dos produtos alimentares e bebidas com 12,3% e dos fornecimentos industriais com 11,0%.