382 trabalhadores da Yazaki Saltano ficaram esta quarta-feira sem os seus postos de trabalho na fábrica de Vila Nova de Gaia. A produção do modelo M59 terminou na semana passada e esta quarta-feira os trabalhadores da empresa dirigiram-se à fábrica para assinarem as propostas de rescisão.

Rui Fidalgo, do Sindicato Nacional de Indústria e Energia (SINDEL), disse ao JPN que alguns trabalhadores despedidos pela empresa pediram antecipadamente a sua rescisão “para terem formação profissional e começarem a trabalhar noutras empresas no início do mês”.

O sindicalista referiu que 18 dos 382 trabalhadores despedidos pela Yazaki Saltano de Gaia foram transferidos para a fábrica de Ovar, que abriu concurso interno para o preenchimento de 25 vagas. “Alguns desses 18 trabalhadores estavam em situação complicada”, esclareceu Rui Fidalgo.

O JPN apurou junto da empresa que as restantes sete vagas que ficaram por preencher na fábrica de Ovar “estão em processo de recrutamento”. Rui Fidalgo espera que essa oportunidade seja dada aos trabalhadores de Vila Nova de Gaia que ficaram hoje sem emprego.

155 despedidos em fase de recrutamento

Fernanda Tavares, directora de Recursos Humanos da Yazaki Saltano, declarou, em comunicado, que o Gabinete de Apoio Social e Profissional (GASP) da empresa “reuniu 524 ofertas de emprego, junto de 28 empresas dos distritos do Porto e Aveiro”.

Das 247 candidaturas a uma nova oportunidade de emprego que chegaram ao GASP, estão a decorrer 155 processos de recrutamento. O grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce) “tem 92 colaboradores em processo de recrutamento e selecção”.

Fernanda Tavares referiu ainda que o GASP ajudou 471 trabalhadores despedidos a elaborarem o seu curriculum vitae e que 198 colaboradores “manifestaram interesse em seguir um Programa de Outplacement”, levado a cabo por uma empresa subcontratada, que apoia na procura de emprego.