As duas bandas portuguesas presentes na sétima e penúltima noite da Queima das Fitas do Porto conquistaram o público que se dirigiu ao recinto com diferentes formas de fazer rock’n’roll. A noite abriu com os Wraygunn, grupo nomeado para os Globos de Ouro, mas eram os Xutos & Pontapés os mais aguardados pelos espectadores.
Apesar da chuva que caiu quase todo o concerto, o público do Queimódromo mostrou por que é que os Xutos são uma das bandas da Queima. Tal como tem sido habitual em anos anteriores, a banda tocou desde músicas mais recentes até temas que atravessam gerações. Zé Pedro justifica a opção com o facto de existirem “temas transversais” no tempo. “É obrigação da banda levar a cabo renovações, mas existem temas que têm de surgir nos alinhamentos”, frisou.
A resposta positiva do público do Queimódromo ao trabalho da banda revela, na opinião de Tim, que a música portuguesa “devia ser mais passada nas rádios”. “Os bilhetes para a Queima têm esgotados todos os dias, o que mostra que os jovens gostam de ouvir música portuguesa. As rádios têm de perceber isto”, acrescentou.
Os Wraygunn apostaram em temas do álbum mais recente, sem deixar de lado canções do álbum anterior, o mais vendido da banda até hoje. O vocalista, Paulo Furtado, demonstrou uma atitude arrojada e passeou por entre os espectadores. “O feedback dos ouvintes tem superado o que eram as nossas expectativas porque estão cada vez mais abertas a fórmulas diferentes”, destacou Furtado, em conferência de imprensa.