O FC Porto conseguiu arrecadar cerca de 18 milhões de euros na Liga dos Campeões 2008/2009. A campanha, que só foi interrompida pelo campeão em título, Manchester United constitui uma das mais compensadoras – em termos financeiros – da história do FC Porto, só suplantada pela edição de 2004, em que os portistas se sagraram campeões europeus.

Com a entrada directa na prova os “dragões” garantiram, desde logo, 5,4 milhões de euros a que acrescem 2,4 milhões das vitórias na fase de grupos ( Arsenal, Dínamo de Kiev e duas vitórias sobre os turcos do Fenerbhaçe) mais 1,5 milhões da bilheteira. Com a passagem aos oitavos-de-final a equipa portista arrecadou 3,2 milhões de euros resultado dos empates alcançados frente ao Atlético de Madrid e da receita da bilheteira. Com o acesso aos quartos de final da competição o Porto recebeu 2,5 milhões de euros. A tudo isto acrescem cerca de 2 milhões de euros provenientes das receitas televisivas.

Em declarações ao JPN, Bernardino Barros considera que a participação portista na Liga dos Campeões vai para além “do prestigio futebolístico que dá ao clube”. “18 milhões de euros não é coisa para se deitar fora, muito menos nos tempos que correm”, refere o jornalista.

Com o dinheiro ganho nesta edição da Liga dos Campeões, os responsáveis azuis-e-brancos deveriam, segundo Bernardino Barros, “tentar abater o passivo do clube mas ao mesmo tempo reinvestir o dinheiro ganho na compra de novos jogadores, uma vez que o Porto vai acabar por perder alguns jogadores”.

O comentador desportivo realça a qualidade dos dirigentes portistas relativamente à política de contratações. “O Porto vende, compra e depois volta a vender os jogadores porque eles se valorizam”, afirmou.

De entre os jogadores do plantel portista que mais se destacaram na “Champios”, Bernardino destaca os jogadores que antes da competição já eram seguidos por clubes europeus como “Lisandro, Lucho, Bruno Alves”. “São jogadores que já tinham um grande mercado e que com esta participação na Liga dos Campeões reforçaram ainda mais”, afirmou.

Relativamente aos jogadores menos “cotados” o comentador destacou o defesa francês Cissokho, do qual “ninguém falava até ao jogo da primeira mão” mas que, “neste momento, é um jogador que poderá valer cerca de 6 milhões de euros, tendo custado ao FC Porto 300 mil euros por 60 por cento do passe”.