O STFU Porto 2009, Festival de Música Electrónica/Experimental e Artes Visuais começa esta quinta-feira, dia 30, na Fábrica do Som. É a terceira vez consecutiva que o festival internacional do colectivo STFU decorre no Porto.
Dirigida a “um público muito específico” que procura “uma alternativa ao mainstream”, a programação do festival engloba, para além de concertos ao vivo, uma sala ambiente, video art no bar, exposições de fotografia e sets de djing.Pretende-se com isto, segundo a organização, afirmar “um local de descoberta” onde “novos valores são descobertos”, não só na música electrónica e experimental, mas também na fotografia e vídeo.
Organizado em parceria com a Fábrica de Som, a netlabel portuguesa Enough Records e as promotoras Nsi Online e L&L Projects, o STFU Porto 2009 propõe um cartaz dominado por portugueses. O mais reconhecível será o portuense Gustavo Costa, autor do projecto Most People Have Been Trained To Be Bored e que já colaborou com Damo Suzuki, John Zorn, Drumming e Stealing Orchestra.
O colectivo
STFU (“Shut The Fuck Up”) é o nome de um colectivo de músicos e artistas nascido no Reino Unido, mas que actualmente tem uma rede europeia de contactos e membros que lhe permite organizar eventos de promoção à escala mundial. O colectivo trabalha sobretudo com e para a internet. Os membros têm um fórum online onde trocam informação e música e que acaba por servir de plataforma organizadora para eventos como o STFU Porto.
Em vésperas do arranque do festival, Hélder Costa, do colectivo STFU, e Nuno Rocha, sócio fundador da Fábrica de Som, garantem já a edição do evento em 2010. “No ano passado ficámos na dúvida, mas quando se acaba e as pessoas se despedem começamos logo a pensar na próxima vez e a fazer planos”, diz Nuno ao JPN.
Em relação ao futuro, os dois partilham o mesmo desejo: mais público. “Gostava mesmo muito, tanto por mim como pelos artistas, até porque não é fácil tocar para pouco público”, argumenta Hélder. “Quanto maior for melhores condições temos para artistas e melhor cartaz fazemos”, completa Nuno.