Na terceira edição do Fórum Pedagógico da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, que decorreu esta quarta-feira, coube ao cientista Alexandre Quintanilha inaugurar o evento com a palestra “Como compreendemos e comunicamos o risco”.

O professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) reflectiu sobre as diferentes visões que se pode ter do mundo, relacionadas com as várias formas de conhecimento que temos nas mais diversas áreas.

Ensinar as práticas clínicas

Formar profissionais competentes é o objectivo do III Fórum Pedagógico da FMDUP. Através da experiência e das diferentes perspectivas de vários profissionais pretendeu-se preparar os futuros dentistas para o mercado de trabalho. José Lordelo, professor e membro da comissão organizadora, afirmou ao JPN que o objectivo é “discutir o ensino da medicina dentária ligado a prática clínica, ou seja, o que é necessário fazer a nível do ensino universitário, quer ensino pré-graduado, quer ensino pós-graduado, no sentido de se formarem profissionais competentes no exercício da sua função”.

Desde as ciências exactas, às ciências sociais e humanas, o cientista destacou as consequências desse desconhecimento. “As nossas escolhas têm muito a ver com o que sabemos ou não dessas áreas”, afirmou. “A forma como estamos dispostos a arriscar depende desse conhecimento.”

Alexandre Quintanilha lamenta que em Portugal não existam instituições que respondam a muitas questões relacionadas com estas três áreas. Seria, por isso, necessário “sensibilidade” para apostar nestes temas, de forma a “saber o que as ciências sociais ensinam, o que as ciências exactas e humanas transmitem” e “dar resposta a muitas questões importantes”.