Com a primeira aventura pelo cinema de animação, arrecadou logo o Prémio Jovem Cineasta Português do Cinanima, direccionado para jovens realizadores com menos de 18 anos. “Ganância” é o primeiro filme que Cláudio Sá realiza sozinho e começou a ganhar forma enquanto ainda frequentava o 12.º ano, no Curso Tecnológico de Multimédia de uma escola secundária de Espinho. Com o estágio no CineClube de Avanca, o projecto da curta-metragem de animação passou do sonho à concretização.

Com a primeira película terminada, decide participar na edição 2008 do Cinanima e acaba por vencer o Prémio Jovem Cineasta Português, que, na edição 2009, foi atríbuido a um grupo de alunos de uma EB2 de Vila do Conde.

“Este prémio foi mais uma forma de me motivar para projectos futuros”, explica. Albânia, Grécia e Itália fazem parte da lista dos países por onde o filme passou. “Correu a Europa toda e foi muito bem aceite, com excelentes críticas e comentários recebidos. Acho que foi o melhor possível para um primeiro trabalho”, afirma Cláudio Sá.

A curta-metragem premiada “é um exemplo de como a sociedade moderna se comporta”, explica. “A inveja e as ambições desmedidas por vezes levam-nos a actos que nós próprios não controlamos”, contextualiza o jovem realizador.

A preparar-se para estrear a sua nova curta-metragem, apelidada de “O Relógio de Tomás”, Cláudio Sá espera que o filme “participe no maior número de festivais possíveis e que as pessoas gostem”. Para o actual estudante na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), a animação é “um mundo mágico onde tudo é possível e onde não existem limites”, razão pela qual ajudou a fundar o clube de animação E-Motion, de que é sub-director.

Nos seus trabalhos alia a magia da animação a éticas de vida, pois “uma moral é sempre uma forma de nos apercebermos que não damos o valor a certas coisas na nossa vida”. “Se conseguir fazer isso nos meus filmes e se as pessoas o sentirem fico muito feliz”, confessa.