Jardim Botânico do Porto, 10h00. Adivinha-se uma visita solarenga ao jardim que já pertenceu à família Andresen, servindo de inspiração a muitas histórias contidas na obra de Sophia de Mello Breyner. Aproveitando que o Dia Internacional dos Museus se celebrava ontem, terça-feira, o JPN foi conhecer o carvalho que assistia a todas as festas no Jardim Botânico e o jardim dos avós da autora, que guiou Florinda “entre muros de camélias talhadas”.
Das várias curiosidades contadas pela guia e bióloga Estefânia Lopes que, com mais três colegas e a boa vontade de todos, assegura as visitas guiadas ao Jardim, destacam-se as estórias das camélias aristocráticas várias vezes referidas nos contos de Sophia de Mello Breyner Andresen, do eucalipto, a árvore que arde e não morre e do sobreiro, que dificilmente arde.
Se ignorarmos a poluição sonora da Via de Cintura Interna mesmo ali ao lado (recorde-se que a criação da VCI provocou uma diminuição do espaço da Quinta onde se situa o Jardim Botânico, que passou de doze para oito hectares) e esquecermos o monóxido de carbono, podemos “dar as mãos e andar pelo jardim”.