O Porto Subway Love não tem ainda um mês de existência e já conta com mais de dois mil membros. O objectivo do grupo é claro: reencontrar aquela pessoa com quem trocou olhares românticos no metro e que saiu uma estação mais cedo.
Para Daniel Micaelo-Rosa, criador do grupo no Facebook, esta é uma “segunda oportunidade para aqueles que trocaram olhares, mas não tiveram a coragem de falar” e uma forma de reforçar as “relações humanas”.
A ideia, conta Daniel, surgiu após uma conversa com um casal oriundo de Berlim, num jantar em casa de amigos lisboetas. “A menina de Berlim contava que o próprio site do Metro de Berlim tinha um fórum onde as pessoas que previamente haviam trocado olhares platónicos no metro e não tinham falado, podiam ‘procurar-se’ caso a pessoa em questão não lhes tivesse saído da cabeça. Quando regressei ao Porto apenas maturei a ideia e apliquei-a no Facebook”, disse o criador do grupo, ao JPN.
Quanto a futuras ligações entre o Porto Subway Love e a empresa Metro de Porto, Daniel Micaelo-Rosa avança que já sugeriu algumas parcerias, entre elas “uma campanha publicitária no próprio Metro para alcançar um maior nível de pessoas” e a personalização dos Andantes “de outra cor e a dizer Porto Subway Love”.
No entretanto, e depois de o grupo ter recebido diversos pedidos para a criação de uma versão lisboeta, o espaço está, agora, aberto ao Metro de Lisboa.
Situação frequente para os utilizadores do Metro
Carlos Filipe Pinto foi um dos primeiros membros do grupo a utilizar o Porto Subway Love. Para o utilizador, que ainda se encontra à procura da pessoa com quem trocou olhares, esta “é uma iniciativa muito positiva e daquelas coisas que perguntamos porque ninguém se lembrou disto mais cedo”.
A procurar ainda pela “Rapariga de Cândido dos Reis”, Paulo Freitas também decidiu tentar a sua sorte. “Acho que é uma excelente iniciativa não só para reencontrar pessoas com quem estivemos no metro, mas também para eventualmente conhecer novas pessoas”, disse ao JPN. O utilizador refere, ainda, que este tipo de situações é muito frequente “não só entre amigos, mas também entre pessoas que vão no metro e que falam disso”.