Chegou ao fim o primeiro dia da Switch Conference, a decorrer este fim-de-semana na Universidade Portucalense, no Porto. Vindos um pouco de todo o lado e falando um pouco de todas as áreas, os oradores defenderam um ponto em comum: dentro do espírito da Switch, é preciso abraçar a mudança.

O dia começou com Achim Peters, um especialista em doenças alimentares, que explicou à audiência que o problema da obesidade está no cérebro. Ainda na alimentação, Iker Erauzkin, o orador que se seguiu, falou da evolução da forma como a humanidade encara a comida e o papel que esta pode ter na arte.

Gianfranco Chicco, por sua vez, deu uma autêntica aula sobre conferências, onde demonstrou que, para além de bom conteúdo, é preciso saber apresentar para passar uma mensagem. Quem parece ter aprendido a lição foi o conferencista que se seguiu. José Fontaínhas, que trabalha em casa, explicou ao público as vantagens e desvantagens de não ter um escritório dentro de uma empresa.

Seguir-se-ia, no entanto, a apresentação mais aguardada do dia: Ji Lee apresentou-se em palco já não como director criativo da Google, mas como futuro funcionário do Facebook. Falando da sua experiência, o criativo mostrou diversos projectos que desenvolveu ao longo dos anos e incentivou a plateia a trabalhar apenas naquilo que lhes dá realmente prazer.

Ainda no campo do trabalho, Miguel Muñoz Duarte, por sua vez, aproveitou a presença na Switch para incentivar a mudança de atitude nas empresas, que mantêm o mesmo modelo de gestao há várias decadas. Também Christian Busch falou sobre empresariado, explicando aos presentes o que fazer para atrair uma equipa “de classe A”. Finalmente, Vasco Gaspar fechou a primeira manhã de palestras, colocando toda a sala a fazer exercicios de respiração e a apontar para o ar. A ideia? Reeducar o nosso cérebro para abraçar novas perspectivas.

Sete oradores, sete discursos inspiradores

A tarde arrancou com um momento de poesia. Guilherme Gomes, participante do programa “Portugal Tem Talento”, presenteou a plateia com declamações de poemas de autores portugueses.

O primeiro orador da tarde foi Cédric Giorgi, da Seesmic, que realçou a importância de ferramentas de social media como o Facebook e o Twitter. Quem também falou de redes sociais foi Rui Lourenço, que apelou à união dos portugueses em prole de um objectivo comum: melhorar o país. Tal pode ser obtido, diz o especialista, através das redes sociais.

Já Armando Alves aproveitou para falar dos novos desafios da publicidade, que, agora, deve ser pensada em função do meio e só depois do indivíduo. Jakub Górnicki foi o orador seguinte e abordou a relação entre “developers” de conteúdo livre e os jornalistas, relação essa que, segundo o mesmo, deve ser de convergência.

Paulo Guerra dos Santos provou, com a sua palestra, que é possível pedalar em Portugal. O orador partilhou com o público a sua experiência de viajar de bicicleta pelo país durante cem dias. Mudando de “desporto”, Andrea Vascellari, por sua vez, deu cinco dicas para que uma empresa não se “afunde” na Internet.

O primeiro dia de conferências terminaria em beleza, com a história de vida de Ricardo Diniz, velejador e empreendedor que inspirou a plateia. Nunca foi bom aluno e sempre teve problemas de comportamento. No entanto, Ricardo perseguiu o seu sonho de velejar pelo Mundo e, agora, inspira outros a fazer o mesmo.

A interacção entre oradores e participantes, tão falada pela organização, foi uma constante. Nos intervalos, o coffee break serviu de ponto de encontro para o networking. Ricardo Sousa, da organização, adianta que estiveram presentes cerca de 300 pessoas, o dobro dos participantes da edição de 2010.