Paulo Portas, líder do CDS-PP elogiou, esta quarta-feira, a coligação PSD-CDS que lidera, há nove anos, a Câmara Municipal do Porto (CMP), destacando o executivo camarário como um “exemplo positivo” na gestão “rigorosa, cautelosa e providencial dos seus impostos”. Na “reunião institucional” foram discutidas matérias sobre a cidade do Porto, como a reabilitação urbana e a área metropolitana.

O líder centrista sublinhou a forma como decorre a coligação entre os partidos, assim como o “trabalho que os vereadores do CDS-PP têm feito na Câmara Municipal do Porto”. Para Portas, esta colaboração respeita a identidade de cada partido. A coligação “funciona bem porque faz um bom trabalho para a cidade”, diz Rio.

Portas defende contenção na governação

Depois da reunião, à porta fechada, com Rui Rio, na Câmara Municipal do Porto, Paulo Portas teceu críticas à forma como se governa o país. “Terminou o tempo de querer ganhar eleições à custa de gastar o dinheiro que não existe, à custa do dinheiro dos outros ou, até, do dinheiro dos que ainda não nasceram”, sublinhou.

Rui Rio não adianta se é a favor ou contra uma futura coligação nacional entre os sociais-democratas e o CDS, alegando que a pergunta deveria ser feita ao líder do PSD. O autarca referiu que apenas quer a vitória do PSD nas eleições. “O que eu gostaria de ver – e acho que o posso dizer como presidente da Câmara Municipal do Porto – é uma vitória do PSD”, afirmou após ter recebido Paulo Portas.

Interrogado se faria a mesma “visita institucional” ao presidente da Câmara Municipal de V. N. de Gaia, que tem criticado, nos últimos dias, o líder do CDS, Portas respondeu que partia para os Açores. Sobre a questão das críticas de Menezes a Portas, Rui Rio disse que não ia fazer críticas a colegas de partido nem a Paulo Portas, que tinha acabado de receber. “O dia seria marcado por críticas minhas a colegas meus de partido e não vai ser”, sublinhou. Quanto a uma eventual recepção ao líder dos sociais democratas, Rui Rio disse, em resposta a uma jornalista que, se “Passos Coelho quiser vir, com certeza”.