O Porto vai ser, de 28 a 30 de outubro, o palco do primeiro Hackmeeting português. Segundo conta a organização, este é um “encontro livre e auto-gestionado” que vai girar em torno de temas como a tecnologia e as “suas implicações sociais”, a “livre circulação de saberes e técnicas”, a “privacidade”, a “criação coletiva” e o “conflito telemático”.
Para fazer nascer o evento, com ramificações ibéricas, os organizadores contam com “Hackers, hacktivistas, nerds, lurkers, hobbyistas da tecnologia, geeks e outras personalidades friquis”, esperando que todos participem na implementação do conceito.
Hackmeeting Ibérico na Corunha
O evento português vai ter lugar uns dias depois do Hackmeeting Ibérico, que aconteceu de 21 a 23 de outubro na Corunha. A organização deste “pós-hackmeeting” no Porto contou com a ajuda do hackerspace galego Trebelab, conta a organização. Por cá, a responsabilidade recai no Hacklaviva, um “hackerspace” nascido no centro do Porto em fevereiro de 2009.
Os destinatários não são, no entanto, apenas os “hackers” propriamente ditos. Explica o grupo que o evento pode acolher “todo o tipo de pessoas que tenham uma mente aberta e curiosa” e “vontade de partilhar as suas experiências”.
Para além das esperadas conversas sobre tecnologia e copyright, alguns workshops e atividades culturais vão pontuar os três dias deste evento, que encontrou em espaços autónomos da Invicta a sua morada portuguesa: as atividades vão passar pela Es.Col.A da Fontinha, pela CasaViva e pelo Espaço Musas. O objetivo final é explorar a “tensão-interação entre o social, o tecnológico e o político”, dizem, e “aproveitar sinergias” entre todos estes campos.
“Há mais que razões” para justificar estes encontros de hackers ibéricos, reza o Manifesto MeigHacks 0.1, de onde surgiu a ideia, que aponta 2011 como o ano “em que os enrascados saíram às ruas”, “a indignação tomou conta das praças” e se aprovou “uma lei europeia que aumenta a duração do copyright para 70 anos”.
O programa completo do evento pode ser consultado na wiki do Hacklaviva, grupo responsável pela introdução do Hackmeeting em terras lusas.