“É na Terra não é na Lua” é um documentário realizado por Gonçalo Tocha que retrata a vida na ilha açoriana do Corvo.

Depois de ter sido distinguido com o mesmo projeto no Festival Internacional de Cinema Independente, em Buenos Aires, Gonçalo Tocha recebeu o prémio para melhor documentário em longa metragem nos Estados Unidos da América, num valor equivalente a 15 mil euros.

O filme tem duração de 180 minutos e foi rodado entre 2007 e 2009. Estreado no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, “É na Terra não é na Lua” recebeu uma menção especial do júri, tendo depois vencido o prémio para melhor longa metragem no DocLisboa.

A ideia de gravar um documentário na ilha do Corvo resultou de uma viagem pelo arquipélago. Gonçalo Tocha decidiu partir um dia para S. Miguel, onde tinha apresentado o seu primeiro filme, e apanhar várias boleias de barco à descoberta da ilha mais pequena do arquipélago.

Quando a pequena equipa que acompanhava o realizador chegou ao Corvo tentou captar o maior número de imagens possível, construindo uma espécie de “arquivo contemporâneo em movimento”, revelou Gonçalo Tochas à Lusa.

O realizador confessou que entrou no Porto da Casa, no Corvo, sem ter a mínima noção do que ia fazer, mas com muita vontade de filmar tudo e de conhecer as pessoas que lá viviam.

Gonçalo Tochas nasceu em 1979 e assinou em 2006 a primeira longa-metragem, “Balou”, que foi premiada em 2007 no Festival IndieLisboa.