A “Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território” desenhada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), à qual a Lusa teve acesso, prevê mudanças para o Porto.

Se agora são 15 freguesias, o número pode vir a ser bem menor: estão previstas sete freguesias com uma média de 33.940 habitantes e 5,9 quilómetros quadrados. Oito das atuais estruturas serão agrupadas em apenas três (Massarelos e Lordelo do Ouro passam a ser uma só e Cedofeita, Santo Ildefonso, Miragaia, Sé, e Vitória unem-se a S. Nicolau, assim como Aldoar e Nevogilde à Foz do Douro) sendo que a segunda ficará com cerca de 40 mil habitantes.

A lei, no entanto, estipula “um mínimo de 20 mil habitantes” por freguesia nos municípios de nível 1 – é o caso do Porto. Mas a UTRAT diz outra coisa: embora a “soma da população das seis freguesias” seja “superior à população média” das 7 novas freguesias (33.940 habitantes), o número fica abaixo do “máximo de 50 mil habitantes”.

A união de Cedofeita e Santo Ildefonso às 4 autarquias do centro histórico – Miragaia, Sé, Vitória e S. Nicolau – gera uma mega freguesia com o total de 5,4 quilómetros quadrados. Maior ainda é a “freguesia designada por União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos” – que resulta precisamente da união das duas freguesias referidas – com 5,6 quilómetros quadrados mas que, no entanto, não vai além dos cerca de 20 mil habitantes.

No caso do Porto, a proposta vai ser apresentada à Assembleia da República, já que a Assembleia Municipal (AM) “deliberou não se pronunciar acerca da reforma administrativa do território”.