O “Projecto Amelie” surgiu em setembro de 2011, altura em que Martim Dornellas tinha acabado de se divorciar. O diretor criativo, na área do design, confessa que iniciou o projeto para desanuviar, antes de este se tornar algo mais sério. Diz sempre ter gostado deste género de iniciativas e destaca o trabalho de Ze Frank como uma das inspirações que o levaram a avançar com o projeto.

A Internet como principal meio de divulgação

Martim Dornellas considera a página do Facebook, que conta cerca de um ano, como a grande plataforma de comunicação do projeto. A possibilidade de receber feedback, o contacto direto com os leitores e os pedidos de autorização para colar matérias do projeto, são as principais razões. Já o site é mais utilizado para os visitantes verem o projeto.

Motiva-o ver “tanta gente interessada e tantas outras pessoas a divulgar o projeto” e a pôr as ideias em prática. Uma das bases do “Amelie” é não se centrar única e exclusivamente em Martim, mas ser algo mais abrangente – desde que o pedido seja feito ao criador.

O projeto não tem qualquer interesse comercial, nem nenhuma marca por detrás das ações. A única campanha que envolveu dinheiro das pessoas foi uma relacionada com postais feitos por Martim, nos quais os pretendentes pagavam aquilo que entendiam pelos artigos: “Acho que fiz dois euros com esse projeto, mas também não era esse o objetivo”.

Confessa haver “muito mais gente a pegar no projeto e a levá-lo para o Norte do que para o Sul”. No Porto, cidade onde estudou e viveu, Martim chegou a colar vários autocolantes, em dezembro de 2011, mas já não se desloca à cidade há um ano e meio.

Não consegue referir nenhum local da Invicta em que se encontrem marcas da iniciativa, pois “os autocolantes são logo arrancados e têm pouca qualidade”. Em Lisboa, por exemplo, “passado 15 dias, os autocolantes já não estão lá ou os papéis já foram arrancados”.

Coloca em prática o “Projecto Amelie” com uma regularidade indefinida, já que depende de uma série de fatores. A título pessoal, não sente que tenha aumentado a visibilidade dos seus outros trabalhos, mas garante não ser esse o objetivo do “Amelie”.