“Coworking”, como o próprio nome indica, é o “ato de trabalhar em conjunto”. Para os profissionais que trabalham em casa, esta é a solução para combater o eventual isolamento. Este conceito está a popularizar-se um pouco por todo o país. São muitos os espaços que apostam nesta tendência, que já invadiu o mundo laboral.

Este novo padrão de trabalho também já chegou ao Porto. Um exemplo de sucesso do coworking é a CRU, uma loja que combina a venda de artigos com espaços dedicados ao conceito. À frente do projeto está Tânia Santos.

O espaço foi criado para dar resposta às necessidades da comunidade artística portuense. Arquitetos, designers, ilustradores e fotógrafos, são alguns dos profissionais que frequentam a CRU. São, sobretudo, profissionais independentes que procuram um espaço para desenvolver um projeto/negócio pessoal. Os coworkers são, na sua maioria, jovens, na média dos 30 anos, muitos recém-licenciados.

O coworking é mais do que um método de trabalho

Entre 45 e 180 euros por mês, os coworkers podem usufruir de condições de trabalho que correspondam às suas necessidades. Os preços variam consoante as preferências do profissional – valores que incluem eletricidade, água, Internet, sala de reuniões e kitchenet. Estes preços estão dentro da média dos apresentados por outros espaços de coworking, no Porto (ver caixa).

Tânia Santos afirma que o coworking é uma alternativa ao aluguer de um espaço mais caro, que implique um investimento arriscado para quem se está a “lançar num primeiro negócio individual”. Com contrato mensal, Tânia acredita que, para o profissional, “o investimento é mínimo. É só pôr mãos à obra e vir ocupar o seu espaço”. O convívio e a partilha de conhecimentos e contactos entre profissionais de áreas similares/complementares, são vantagens do conceito.

Para a CRU, o coworking é mais do que um método de trabalho. “É uma forma de estar na vida, porque juntos somos mais fortes, temos mais visibilidade”, diz Tânia, que trata o conceito não só como uma tendência do atual mundo do trabalho, mas também como um desafio para todos os que apostam nesta nova forma de trabalhar. As previsões e expectativas são de crescimento deste novo padrão de trabalho.

O número de espaços de coworking aumenta quase semanalmente, por todo o país. Na CRU, o pré-requisito para integrar esta “comunidade” é o desenvolvimento de uma atividade artística/criativa, o que Tânia Santos justifica: “Preparamos os nossos espaços para receber esse tipo de atividades. Um coworking menos convencional, mais adaptado, mais privativo”.