“Andar calmamente por cenários muito bem desenhados a matar tudo o que se mexe” é o objetivo do Fangz, explica Alexandre Ribeiro, criador do jogo, em entrevista à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), onde estudou. A aplicação transforma o jogador num herói que protege as ruas de vampiros e zombies.
Originalidade, atualidade e rebeldia são as principais característas do jogo: “Mas o que o torna mais notável é o facto de ser um jogo sobre eventos atuais, com interpretações muito próprias sobre esses eventos, que chegam por vezes a ser politicamente incorretas”, adianta o criador.
O autor confessa que o jogo surgiu na procura de um projeto a que se pudesse “dedicar de corpo e alma, sem interferências externas”, referindo que a influência de assuntos paralelos aos projetos que realizou anteriormente “diminuiram em muito o prazer que sentia”.
Depois de trabalhar em Angola, na Siemens – que, mais tarde, se veio a tornar na Nokia Siemens Networks, – Alexandre admite que foi a sensação de desafio que o moveu: “Demorei algum tempo a decidir-me, mas a sensação de saltar e começar a voar foi fantástica”.
O sucesso do Fangz adveio da avaliação dos principais jogos da loja americana da Apple. O criador da aplicação explicou que desenvolveu uma lista de “critérios aplicáveis a todos os jogos”. O Fangz começou a ser produzido só depois de Alexandre ter conquistado um grau de certeza de 70%, nesta avaliação do top 100 da Apple.
O modelo de avaliação adoptado pelo autor tem vindo a sofrer alterações “para que não dependa de fatores subjetivos”, sublinha Alexandre Ribeiro e acrescenta, com os olhos postos no futuro, que o no próximo jogo vai experimentar “um novo modelo, bastante mais eficaz”.
Com o sucesso da versão para iOS, o jogo também está disponível para Android.