Dawn, de 28 anos, Hailey, de 29 e Stephen, de 23 têm as caras pintadas com motivos florais e um ar relaxado. São britânicos mas trocaram os festivais de lá pelo Alive: “Tem menos ingleses e é mais amistoso”, dizem. “É tão relaxante!”, reforça Hailey.

E, de facto, a primeira impressão do recinto em dia de Depeche Mode é a de um festival soturno, tranquilo e feliz. As expressões faciais não enganam e, por volta das 20h, Rhye faz a banda sonora do ambiente, no palco secundário. Mãos dadas, cavalitas, beijinhos e abraços também são comuns. Aqui, está toda a gente feliz.

Seja ou não da música, entretanto, atuaram no palco Optimus os portugueses OqueStrada e os eficazes Jurassic 5. Mas a pouco tempo de Editors, a plateia volta a compor-se, junto ao palco principal. A banda britânica encantou com “Papillon”, “Munich”, “And End Has a Start” e outros temas, que foram cativando quem assistia.

Depois do espetáculo intenso e convincente, a que a banda britânica já habituou o público português, Jamie Lidell toma conta do palco secundário. A voz do cantor soul e os ritmos acelerados não deixam ninguém indiferente e vão fazendo mexer os mais próximos. Jamie não pode competir com Depeche Mode, mas reúne uma plateia dedicada.

Uma multidão de pessoas já espera, no entretanto, os grandes cabeças de cartaz. Um grupo de jovens espanhóis, assíduos da barraquinha das bebidas, afirma que “este é o melhor festival de sempre”.

A banda de David Gahan cumpre o horário e toca os primeiros acordes. O concerto de Depeche Mode acabaria por não se revelar tão empolgante como se esperaria, mas susteve todos – ou quase todos – os que estavam lá para os ver. “Personal Jesus”, como seria de se esperar, criou um coro uniforme. Já “I just can’t get enough” provocou uma autêntica migração: os que não estavam perto do palco, quiseram ouvir o tema mais de perto.

No palco secundário, ainda antes do fim do concerto dos cabeças de cartaz, já The Legendary Tigerman dava o habitual “one man show”. Desta vez, com um homem como convidado especial: Paulo Segadães, dos ex-Vicious 5.

Por lá, mesmo com 2manydj’s a animar o Palco Optimus, foi-se juntando uma pequena multidão. É que, pouco depois, seria a vez de Crystal Castles, uma das bandas mais esperadas da noite.