A Grabmark é uma plataforma criada para que os estudantes portugueses possam partilhar conteúdos e conhecimentos, trocar comentários e fotos e, até mesmo, participar em fóruns de discussão. Se, por algum motivo, um aluno estiver com dificuldade em recolher apontamentos das aulas, porque se ausentou de uma aula, poderá encontrar aqui a informação de que precisa. Os conteúdos são para já maioritariamente em português, mas estes irão depender apenas daquilo que cada utilizador partilhar. “O nosso objetivo é aproximar cada vez mais os alunos”, explicou Alexandre Sousa ao P3.
“O tempo de andar com uma mochila às costas cheia de livros e cadernos já não faz sentido. Hoje, temos tecnologia que nos permite mudar todo esse paradigma”, lê-se no comunicado de imprensa. E foi assim que nasceu a start-up Troublejoy Lda, cuja ideia ganhou o prémio TEC Empreende no final de 2012, promovido pela ANJE e INESC Porto.
O projeto foi lançado no primeiro semestre do ano letivo 2012/2013, num curso da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e, no semestre seguinte, o seu acesso foi alargado a outras Faculdades da Universidade do Porto.
Neste momento, cerca de cinco mil alunos partilham conteúdos online diariamente. “Desde que lançamos o conceito”, disse ao P3 Alexandre Sousa, um dos fundadores do projeto, “estamos a ter uma adesão muito superior ao expectável”. E, agora, quem partilhar conteúdos pode habilitar-se a ganhar prémios, como tablets ou programas de lazer.
A plataforma está também ligada ao Facebook, de forma a permitir um uso simples: “Basta a configuração inicial de escola, curso e disciplinas que o aluno frequenta, e depois é só desfrutar de todas as funcionalidades que esta plataforma oferece”, lê-se no comunicado citado. As aplicações móveis estão também já disponíveis na App Store e no Android Market.
Os responsáveis pelo Grabmark estão já a pensar na sua internacionalização: Lituânia, Itália e Roménia são países aparentemente interessados em “importar a ideia”. Numa primeira fase, a plataforma foi dirigida a alunos do ensino superior, mas o objetivo é abranger todos os níveis da educação, incluindo o ensino básico. Uma aplicação do conceito para o mundo empresarial está a ser desenvolvida.