Marina da Afurada, 22h. Quem olhasse para o local e hora, ainda para mais num fim-de-semana, poderia pensar que se trataria de apenas mais um evento tardio, como outro qualquer. No entanto, este fim-de-semana, tudo foi diferente. Nem que fosse só pelo dress code de quem comparecia pela zona: pijama. Ainda assim, a razão era simples: estava prestes a realizar-se a primeira corrida noturna em pijama do mundo, logo ali, em Vila Nova de Gaia.

Dos 8 aos 80 anos, foram várias dezenas de participantes que se reuniram para participarem numa corrida inédita. Mais do que um evento desportivo, foi uma noite de música, emoções e diversão, no cais gaiense.

Contudo, esta era uma corrida igualmente importante pela sua componente solidária: por cada inscrição realizada, a organização doava um um euro às associações apoiadas pelo evento (a CERCIGaia, a Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, e o projeto “Um lugar pró Joãozinho”, do Hospital de São João; Mundo animal – Animais de Rua, CãoViver, Srs. Bichinhos, Mãos Amigas e Patas Felizes).

Outras cidades portuguesas devem aderir

Para Nuno Magalhães, organizador da “Corrida do Pijama“, a prova foi importante para desmistificar o uso do pijama, muitas vezes associado, pelas crianças, ao internamento nas unidades hospitalares. O responsável acredita ainda na possibilidade de outras cidades portuguesas fazerem corridas deste género num futuro próximo.

Catarina Madruga, estudante de Ciências da Comunicação na Universidade do Porto, foi uma das participantes da prova noturna. Para a jovem, este tipo de eventos deveria existir por todo o país e em maior número.

Para Cláudia Martins, responsável pelo grupo Animais de Rua, a “Corrida do Pijama” foi importante para captar a atenção do público para o trabalho deste tipo de organizações e também para dar maior visibilidade aos animais que protegem. A iniciativa, que trouxe muita diversão e emoção à noite gaiense, culminou com uma épica batalha de almofadas e a sensação de dever cumprido.