Blanca Tejero, doutorada em psicologia clínica e professora do mestrado de Educação Primária e Infantil da Universidade Internacional de La Rioja (UNIR), concluiu que o cérebro precisa de um a cinco dias para se adaptar aos horários, depois das férias.

“O regresso às aulas e ao trabalho permite a recuperação da rotina, com horários que põem ordem nas vidas de crianças e adultos, mas há pessoas que sofrem de forma extrema quando voltam ao trabalho, às aulas ou às atividades quotidianas após um período de descanso”, garante a professora em nota da Universidade, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Durante o período de adaptação, pode haver registo de maior cansaço e mesmo “alterações no sono e no humor”, principalmente em crianças e idosos. Segundo Blanca Tejero, “o desajuste ocorre devido a mudanças nos níveis de hormonas no hipotálamo, um relógio biológico interno”, que regula a secreção das hormonas melatonina, que regula o processo de sono e de vigília, e da serotonina, relacionada com o estado de ânimo. Tem influências ainda, por exemplo, na fome, na sede, no nível de relaxamento ou na sensação de plenitude.

Isto não acontece, porém, com todas as pessoas da mesma maneira. Jovens e adultos, por exemplo, são mais capazes de lidar com a situação: “São capazes de entender que estão a ocorrer mudanças e, por isso, escolher o momento certo para realizar determinadas atividades”, explica.