O ponto de partida da edição deste ano do Future Places, que dura até sábado, foi o edifício da UPTEC na Praça Coronel Pacheco. Desde o começo que Heitor Alvelos, um dos curadores do evento, garantiu: “We are not a festival, we are a media lab [Nós não somos um festival, somos um media lab]”.

E uma das características mais louváveis desta iniciativa será, talvez, a abertura do evento a todos que nele queiram participar. Aliás, o Future Places pretende participantes e não meros espectadores, reforça Heitor Alvelos.

Sharon Strover, professora na Universidade de Austin no Texas, foi anfitriã do dia e deu o mote a uma semana em que se procura inovação, criatividade e soluções para combater as falhas dos media. “Pensar fora da caixa” foi uma expressão utilizada pela própria, num tempo que considera desafiante a nível social.

Pensar criticamente as futuras tecnologias será também uma das abordagens do Future Places, que não se centra apenas na reflexão do jornalismo. Todos os setores da sociedade que possam envolver a Internet e os meios digitais, como por exemplo, os videojogos, têm representação nesta iniciativa.

Programas de doutoramento no primeiro dia

O primeiro dia foi dedicado à apresentação de programas de doutoramento de estudantes essencialmente de Lisboa e do Porto, tendo terminado com “Drawing with Satellites”, uma combinação de arte e ciência através de desenhos elaborados a partir da tecnologia de satélite do GPS.

2Meridian-NEVER“, “Oxford Fisheye” e “Football Fields” foram algumas das obras expostas, que foram resultado de um workshop coordenado por Hugh Pryon e Jeremy Wood em 2007, no Porto.

Segundo Jeremy Wood, a tecnologia do GPS pode ser utilizada até no dia-a-dia. Este artista tem explorado a tecnologia do GPS há mais de uma década e o seu trabalho é exibido internacionalmente, assim como tem conduzido inúmeros workshops de desenhos de GPS e de leitura de mapas.

O Future Places parte de uma iniciativa da Universidade de Austin no Texas com o governo de Portugal e promete cinco dias de reflexão e interação entre pessoas das mais diferentes realidades, sejam elas oriundas dos Estados Unidos da América ou de Portugal.