Até agora, algumas universidades públicas portuguesas, como é o caso da Universidade do Porto (UP), tinham instrumentos próprios para saber quantos dos seus diplomados tinham arranjado emprego na área em que se formaram, no momento da entrada no mercado de trabalho.

No entanto, muitas vezes, esses dados eram baseados em estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e, como não eram comparados com a aquisição de emprego, nessas áreas de conhecimento, por parte dos diplomados de outras instituições, não davam uma visão abrangente sobre a taxa de sucesso na obtenção de emprego, a nível nacional.

Desta forma, as instituições públicas de Ensino Superior nunca tiveram ao dispor todas as informações a ter em conta para melhor adequar a oferta de cada curso. Segundo a edição desta sexta-feira do jornal “Público”, é com esse objetivo que, brevemente, as universidades públicas portuguesas passarão a utilizar um só mecanismo para calcular e poderem comparar o índice em questão.

Assim, de tempos a tempos, o acesso dos diplomados ao mercado de trabalho será tornado público, para que também os estudantes prestes a concorrer ao Ensino Superior fundamentem melhor as suas escolhas e o país passe a ter uma distribuição de profissionais mais racional. A nova metodologia de avaliação deste fator está a ser preparada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), com a coordenação do Observatório de Inserção Profissional dos Diplomados da Universidade Nova de Lisboa (ObipNova) e financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).