O Banco de Partilha Social (BPS) é uma iniciativa que pretende criar 20 mil postos de trabalho e, ao mesmo tempo, apoiar milhares de idosos de todo o país e de forma diária. Os portugueses são convidados a abrir uma conta solidária de 20 euros por ano (cujo destino pode ser seguido na página da internet da instituição e que será reembolsado) e esse dinheiro vai servir para criar uma rede de hortas e uma rede de apoios para a população mais idosa.

Ao JPN, Luís Figueiredo, responsável pelo projeto, afirmou que o principal objetivo do BPS passa por um conceito de cidadania participativa para com as pessoas mais necessitadas. Luís explica que a ideia é que as pessoas mantenham a conta aberta durante cinco anos para sustentar uma estrutura deste calibre.

O responsável do Banco de Partilha Social, que destacou a aceitação positiva da população a esta iniciativa, reiterou que vai ser também criada uma rede de “anjos sociais” – jovens desempregados com formação em áreas sociais – e que, com um apoio de uma viatura, vão garantir acompanhamento a idosos da respetiva localidade. Para além disso, vão ser criadas “hortas natura”, com o apoio das autarquias e sob a responsabilidade de agricultores sociais, na sua maioria que estejam desempregados.

Luís Figueiredo explica também que “a sustentabilidade acontece pelo serviço social que é sustentado pelo próprio serviço em si porque todo o idoso que sai beneficiado paga uma pequena prestação que será pedida em função do seu rendimento”. Relativamente às “hortas natura”, Figueiredo explica que “o que vai ser produzido é para fazer a sustentabilidade do que ali está”, colocando de parte a existência de apoios europeus.