Carlos Caldas, da Universidade de Cambridge, tem origens portuguesas, mas é no Reino Unido que dá cartas na investigação do cancro. Um dos seus mais recentes trabalhos possibilita a monitorização da “resposta ao tratamento do cancro da mama, através de uma simples análise ao sangue, evitando assim o uso da biópsia” – uma técnica mais invasiva.
Já John Kheir, investigador da Universidade de Harvard e clínico do Hospital Pediátrico de Boston, “criou recentemente um sistema de administração de oxigénio diretamente de forma intravenosa”, a partir de micropartículas, com grande potencial em termos de melhoria dos cuidados de saúde.
Por fim, intervenção de Sophie Wuerger, cientista da Universidade de Liverpool, vai incidir sobre “a produção de pele sintética a partir de uma impressora 3D, compatível com a idade, género e etnia do indivíduo”. Uma inovação que pode vir a ser revolucionária na área da regeneração de tecidos e órgãos disfuncionais.
São estes três dos nomes que compõem um painel de onze líderes científicos que já confirmaram a sua participação na nona edição do Young European Scientist Meeting (YES Meeting), que decorrerá entre os dias 18 e 21 de setembro, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
Este ano, o evento inclui cinco sessões dedicadas aos temas das Neurociências, Medicina Interna, Saúde Mental, Oncologia e Cirurgia, para além de incluir cerca de 15 workshops sobre temas como a Sexologia, a Radiologia de Intervenção, a Pequena Cirurgia ou Cuidados Intensivos. O objetivo é “complementar a formação biomédica dos participantes”, explica a organização, em comunicado.
Organizado por estudantes para estudantes, é dirigido não só aos alunos de Medicina mas de todas as áreas biomédicas. Anualmente, reúne mais de 300 jovens cientistas dos quatro cantos do mundo, na cidade do Porto.