O último dia do Portugal Fashion teve início no Terminal de Cruzeiros de Leixões, onde Luís Buchinho apresentou uma coleção fortemente influenciada pelo estilo desportivo e numa dualidade de cores: o preto e branco. Dos detalhes das suas peças sobressaem os tons metálicos. Os tecidos técnicos plissados e amarrotados, os estampados com foil ou as peles metalizadas são apenas alguns exemplos significativos dos materiais usados.
Também no mesmo local, Katty Xiomara apresentou uma coleção primavera/verão 2017 inspirada nos descobrimentos marítimos portugueses. Os seus coordenados vestem uma paleta de cores entre os azuis, pretos e brancos como reflexo da aposta na temática marítima. Os padrões axadrezados e as riscas bem como as rendas, que interpretam as redes de pescas, coadunam-se com volumes ondulados, transparências e sobreposições.
Na Alfândega, os desfiles começaram com “Shoes”, uma sessão dedicada ao calçado para Primavera/Verão 2017, com as marcas J. Reinaldo, Ambitious, JJ Heitor, Nobrand, Fly London e DKode. As características mais comuns são as cores quentes e o estilo urbano e moderno.
Pé de Chumbo
Como é costume, Alexandra Oliveira, criadora da marca, apresenta uma coleção que pauta pelo design peça a peça e pelas suas texturas. Os tons mais presentes são o bege, o preto e beringela.
No tema chic, verifica-se uma mistura de fios de seda e espessuras diferentes, formando um xadrez de cores. O tom casual apresenta linhos com construções semelhantes e tecidos transparentes.
Vicri
Ao som de “I still haven’t found what I’m looking for” com tom cubano, Jorge Ferreira apresentou a sua nova coleção, inspirada na ilha de Cuba. Tons neutros conjugados com cores frescas, que vão desde o rosa ao preto, passando por vários tons de azul e verde militar.
Mistura peças clássicas, como blazers e gravata, com elementos mais descontraídos, recorrendo aos chapéus de palha, aos calções e às camisas de manga curta. Nota-se a predominância de estampados, de riscas e xadrez em diferentes tecidos, nomeadamente as lãs e os algodões.
Elsa Barreto
Marcado por um estilo requintado onde predominavam o rosa cru e os brilhos, a criadora iniciou o desfile da coleção “Happiness”. Os seus coordenados maioritariamente compridos e soltos foram acompanhados por chockers pretos.
Elsa Barreto recorreu às tonalidades brancas, azuis e pretas e aos padrões florais para mostrar a versatilidade das suas peças. Transparências, folhos, roupa menos arrojada, tecidos mais fluidos, foram também alvo de Barreto.
Ao som de Blood Orange, sobressaíram os looks pretos com motivos florais, mais desportivos e provocantes.
Fátima Lopes
A designer inspirou-se num ambiente marítimo para a criação da sua coleção. Inúmeros tons de azul, vermelhos, rosas e branco caracterizam a paleta de cores escolhida.
Os tecidos a que Fátima Lopes deu primazia exprimem a leveza e imensidão do oceano. Sedas, peles, linhos, lãs frias e rendas, entre outros, espelham o tema da coleção.
Ana Sousa
Ana Sousa debruçou-se sobre a mulher contemporânea e cosmopolita. A coleção “SWEET GIRLISH” caracteriza-se pelos tecidos leves e esvoaçantes, gangas e pela predominância de cores neutras, para causar contraste com o cenário, essencialmente negro. Existe uma predominância de rendas e tecidos transparentes nas silhuetas. A estilista portuguesa pretende com isto dar um “look” marítimo à sua coleção, fazendo lembrar locais como Cannes.
“ANA SOUSA be young” é uma linha de roupa que confere um espírito aventureiro de menina-mulher. Com tons frescos e silhuetas slim, são roupas que celebram os finais de tarde.
Os acessórios também estiveram em evidência, com malas de todos os tamanhos e feitios.
Dielmar
Ao som de um set de percussão e outros ritmos quentes ao vivo, arrancou a coleção da “Dielmar”, inspirada na ilha cubana. Cores como o azul marinho, o azul claro, o cinzento, os avermelhados e o bege dominam a paleta de cores da edição, sendo que estas duas últimas cores, quentes, remetem para o ambiente exótico caracterizador de Cuba.
Padrões axadrezados, óculos de ver e de sol, laços e gravatas são outros elementos predominantes na coleção.
Tecidos como o linho, algodão, lã e seda, adornam as peças de Nair Xavier e Rita Gaspar.
Carlos Gil
“Cultural Vibes”, um tema que mistura diversas culturas e materiais na conceção das peças. Dos kimonos aos vestidos de gala, das estruturas justas às largas, passando pelos brilhos de todas as cores, Carlos Gil viaja temporal e culturalmente pelo mundo.
Os contrastes e a exuberância nas cores, os estampados de brilho ofuscante e, nomeadamente, a presença de um único brinco na orelha de cada modelo, caracterizam a visão do designer perante os gostos discrepantes de todos os continentes.
Lion of Porches
Mantendo a tradição das suas coleções, a Lion of Porches – que junta Júlio Torcato (coleção masculina), Natércia Margarida (coleção feminina) e Josefina Borges (coleção criança) – conjugou o requinte, a elegância e o conforto das peças com o casual descontraído, num desfile marcado por boa disposição. Inspirado no golfe e no ténis, a marca apostou nos looks desportivos para todas as faixas etárias. Em sintonia com esta linha de roupa está todo o cenário envolvente: uma imagem com relva é projetada na parede enquanto os manequins desfilam numa passadeira relvada contornada por bolas de ténis.
Azul marinho, preto vermelho e branco são, uma vez mais, as cores predominantes na paleta.
Acessórios como os sacos desportivos, raquetes, fitas na cabeça e nos punhos foram indispensáveis para a marca.
Artigo corrigido às 10h19 de 18 de outubro
Artigo editado por Filipa Silva