Para qualquer jogador, chegar a um Campeonato do Mundo de Futebol é um objetivo de carreira. Trata-se da mais importante competição internacional da modalidade. Um palco maior no qual se deseja deixar uma marca. Passear talento. Levantar adeptos nas bancadas coloridas pelas cores das nações de todo o mundo. Os jogadores são os protagonistas. Uns são confirmações, outros revelações. A 14 de junho de 2018, daqui a exatamente uma semana, começa mais um Mundial e são muitos os jovens que prometem despontar para a ribalta do futebol mundial na Rússia.
Timo Werner, Breel Embolo, Yerry Mina, Andreas Christensen, Kelechi Iheanacho, Alex Iwobi e Andrija Zivkovic. Para quem está atento aos maiores palcos do futebol, estes não serão nomes estranhos. Estarão à altura da expectativa que geram junto dos adeptos. Logo veremos.
De fora da lista deste “olheiro” ficam dezenas de outros grandes talentos do futebol europeu e mundial. O JPN escolheu sete jovens que ainda não estão na ribalta do futebol europeu e mundial, como é o caso de Bernardo Silva, Mbappé, Kimmich, Gabriel Jesus, Sané, Marco Asensio ou mesmo Pogba, vencedor do título de melhor jogador jovem no Mundial do Brasil.
Timo Werner, 22 anos
Timo Werner nasceu a 6 de março de 1996 em Estugarda, na Alemanha. Deu os primeiros passos no futebol na terra natal: esteve cinco anos nos escalões de formação do Estugarda e, em 2013/2014, subiu à equipa principal (34 jogos e quatro golos).
Esteve no Estugarda durante mais duas épocas durante as quais foi titular indiscutível. Em 2016/2017, o avançado alemão deu o salto para o RB Leipzig e a sorte continuou do seu lado. Na primeira época ao serviço do Leipzig marcou uns impressionantes 20 golos.
Esta época, e com apenas 22 anos, Werner fez o gosto ao pé por 21 vezes pelo que superou o registo da época anterior e estabeleceu um novo máximo pessoal.
Pela seleção A da Alemanha, Werner já conta com 13 internacionalizações e sete golos marcados e já venceu uma Taça das Confederações. O jovem avançado pode dar muitas alegrias a Joachim Löw no Mundial da Rússia.
Werner foi utilizado por Löw no último amigável da Alemanha (derrota por 2-1 diante da Áustria). Os alemães ainda têm um amigável para disputar diante da Arábia Saudita. Já na Rússia, o México vai ser o primeiro adversário (dia 17, às 16h00).
Breel Embolo, 21 anos
Embolo nasceu a 14 de fevereiro de 1997 nos Camarões, mas optou por jogar pela Suíça e, neste mundial, lá estará a representar a seleção helvética.
Breel Embolo só conheceu dois clubes enquanto jogador de futebol: começou nas camadas jovens do FC Basileia onde subiu a sénior. Em 2013/2014 já jogava na equipa principal do Basileia e, nas duas épocas seguintes, fez 80 jogos e marcou 30 golos.
O ponta de lança suíço acabou por ser transferido para os alemães do Schalke 04 no verão de 2016 e já vai na segunda época ao serviço dos germânicos.
Vinte e quatro internacionalizações A e três golos marcados são os números de Embolo ao serviço da Suíça. O avançado é um dos jovens promissores que têm presença carimbada para o Mundial da Rússia. No último amigável dos suíços, diante da Espanha, Embolo foi chamado a entrar aos 46 minutos.
Antes da competição, a Suíça ainda joga com o Japão. Depois, é a doer (e de que forma). Os suíços entram na Rússia a jogar com o Brasil (dia 17, 19h00).
Yerry Mina, 23 anos
Apesar de ser jogador do FC Barcelona, Yerry Mina só chegou aos blaugrana em janeiro de 2018.
Nasceu na Colômbia a 23 de setembro de 1994 e, ao contrário dos jogadores anteriores, Mina já vestiu camisolas de quatro clubes diferentes. Começou no Deportivo Pasto da Colômbia em 2013, mas rapidamente deu o salto para o Club Independiente Santa Fe, também da Colômbia.
Na primeira época no Santa Fe jogou 52 partidas e marcou três golos. O defesa central voltou a mostrar a sua veia goleadoara com quatro golos na época seguinte. Em 2016/2017 foi transferido para os brasileiros do Palmeiras onde esteve dois anos: nove golos e 49 jogos disputados pelo paulista.
A boa forma de Yerry Mina fez despertar o interesse de muitos clubes e o FC Barcelona foi quem ganhou a corrida. Em janeiro de 2018, o colombiano transferiu-se para a Catalunha e procurou ganhar espaço na equipa que acabou por se sagrar campeã de Espanha. Conseguiu participar em seis jogos, mas ainda não conseguiu fazer o gosto ao pé.
Ao serviço dos cafeteros, Mina já leva 12 jogos e três golos. Mereceu a confiança de Pékerman no último particular da equipa sul-americana, tendo sido titular diante do Egipto. Ojogo acabou empatado sem golos.
Para a equipa de Falcao e James Rodriguez, não há mais amigáveis na agenda. O jogo de estreia na Rússia acontece diante do Japão (dia 19,às 13h00).
Andreas Christensen, 22 anos
Christensen começou a jogar futebol com oito anos ao serviço dos dinamarqueses do Brondby FC. E foi na Dinamarca que nasceu (14 de abril de 1996). Fez a formação no Brondby FC até aos 18 anos quando deu um passo de gigante para os ingleses do Chelsea.
Nos blues cumpriu os escalões de júnior e subiu à equipa principal. Pelo meio, foi emprestado ao Borussia Monchengladbach. Com as cores do Borussia jogou durante duas épocas e foi titular indiscutível.
39 jogos e três golos em 2015/2016. Mais 43 jogos e quatro golos na temporada seguinte. Os números de Andreas Christensen convenceram os responsáveis do Chelsea e na presente temporada participou em 40 jogos pelos ingleses (seis deles na Liga dos Campeões).
Pela seleção dinamarquesa conta já com 14 internacionalizações e promete criar dificuldades aos avançados de França, Peru e Austrália do Grupo C do Mundial.
Diante dos vizinhos escandinavos da Suécia, Christensen foi titular e jogou os 90 minutos no penúltimo particular realizado pelos dinamarqueses. Ainda há um jogo com o México, depois a equipa comandada pelo norueguês Age Hareide defronta o Peru (dia 16, 17h00) no primeiro encontro do Mundial.
Kelechi Iheanacho, 21 anos
Tem “Promise” no nome e, de facto, a promessa é grande. Kelechi Promise Iheanacho nasceu na Nigéria, a 3 de outubro de 1996. Os primeiros toques na bola foram dados na Nigéria mas rapidamente foi descoberto pelo Manchester City. Em Inglaterra completou a formação e, em 2015/2016, chegou à equipa principal.
A estreia no futebol sénior correu de feição ao nigeriano que alinhou num total de 35 partidas pelos citizens. Marcou catorze golos. No ano seguinte rematou com sucesso em mais sete ocasiões.
Nesta época, Iheanacho não estava nos planos de Guardiola e acabou emprestado ao Leicester City, onde fez uma boa temporada: oito golos em 28 jogos.
A veia goleadora do ponta de lança também se faz sentir na seleção da Nigéria: oito golos em 18 internacionalizações fazem de Iheanacho uma das grandes esperanças dos nigerianos.
No mais recente particular, diante da República Checa (vitória dos checos por 1-0) foi utilizado por Gernot Rhor nos últimos 10 minutos de jogo. Agora, as atenções das “Super Águias” viram-se para a Rússia onde a Croácia (dia 16, 20h00) será o primeiro adversário.
A Nigéria, tal como o Egipto, Marrocos, Senegal e Tunísia, tentam o que nunca uma seleção africana conseguiu: chegar às meias-finais de um Campeonato do Mundo.
Alex Iwobi, 21 anos
Iwobi é jogador do Arsenal desde que conhece o futebol. Veste as cores dos gunners desde miúdo e subiu à equipa principal em 2016/2017.
O avançado tem nacionalidade inglesa e nigeriana, mas optou jogar pela seleção onde nasceu a 3 de maio: a Nigéria. Em março de 2018 conta já com 19 internacionalizações A e cinco golos. A par de Iheanacho é uma das grandes promessas da Nigéria.
No clube que representa, o Arsenal, Alex Iwobi foi aposta regular de Arséne Wenger com quase 80 partidas nas duas últimas épocas.
Andrija Zivkovic, 21 anos
Andrija Zivkovic é o único jogador desta lista com passagem por Portugal. O médio-avançado da Sérvia é jogador do SL Benfica desde 2016.
Nasceu a 11 de julho de 1996 e fez a formação num dos dois históricos de Belgrado, o Partizan. Os 24 golos apontados ao serviço do Partizan (em três épocas) foram suficientes para o SL Benfica contratar o jovem de 21 anos.
Chegou a Lisboa em 2016/2017 e entrou em campo em 24 ocasiões (um golo marcado). Na época atual, já marcou três golos em 30 partidas. Zivkovic é uma das grandes esperanças dos sérvios e foi titular no último particular da equipa dos balcãs. O jogo acabou com uma vitória do Chile pela margem mínima. Antes do primeiro embate do Mundial (Costa Rica, dia 17, às 13h00) ainda há lugar a um particular diante da Bolívia.
Artigo editado por Filipa Silva