O Mira Fórum vai organizar, este domingo, um leilão solidário cujas receitas vão reverter integral e equitativamente para as atividades da Assistência Médica Internacional (AMI) e da Cruz Vermelha Portuguesa em Moçambique. No total, vão ser leiloadas fotografias, pinturas, esculturas e desenhos de mais de 80 artistas. As bases de licitação variam entre 25 e 1000 euros. 

As obras de arte chegaram de todas as partes do país, sendo que alguns dos artistas fizeram questão de as entregar pessoalmente. “É a primeira vez que solicitámos aos artistas para nos doarem obras”, começa por explicar Manuela Matos Monteiro, diretora do espaço, ao JPN.

Mesmo quem não consiga participar no leilão pode ainda contribuir para a causa através de doações livres que vão ser recolhidas no local ou da compra de petiscos e bebidas. Além de “angariar uma boa quantia para suprir algumas carências básicas” em Moçambique, a tarde vai ser de “convívio e celebração da solidariedade”, adianta a diretora do Mira Fórum.

Os portugueses já fizeram mais de dois milhões de euros em donativos monetários para a atividade da Cruz Vermelha em Moçambique. Foto: Cruz Vermelha

Até à data, já foram feitos mais de dois milhões de euros em donativos monetários só para a Cruz Vermelha Portuguesa e mais de 50 toneladas de artigos foram encaminhados para a cidade da Beira.

Desde que o ciclone Idai afetou Moçambique, várias entidades do setor privado têm procurado a instituição não só para fazer donativos monetários ou de bens específicos, mas também para organizar eventos solidários. “A onda de solidariedade dos portugueses gerada para esta causa é gigantesca”, explica a Cruz Vermelha Portuguesa ao JPN.

Ainda que todo este apoio tenha sido “muito para além do esperado”, estima-se que quase dois milhões de pessoas tenham sido afetadas pelo ciclone, daí que as doações “ficam muito aquém das necessidades”.

O apelo de Emergência da Federação Internacional da Cruz Vermelha pretende angariar “cerca de 27 milhões de euros para apoiar a Cruz Vermelha Moçambicana a prestar assistência a 200 mil pessoas” durante dois anos.

Artigo editado por César Castro