A aura do futebol de formação está ferida e mais cinzenta do que o habitual. O regresso da competição entre os mais jovens, suspensa desde março passado devido à Covid-19, está em andamento, mas ainda não é uma realidade.

Estima-se que, só ao nível federado, a pausa sem precedentes que teve início em março – e que abanou, por completo, o universo do futebol – tenha obrigado à paragem de 150 mil praticantes. A atividade desportiva nos escalões de formação está a ser retomada, com a realização de treinos, mas a competição ainda não foi autorizada. 

A imagem é de fevereiro, quando a competição era ainda possível entre os praticantes mais jovens. Foto: Futebol Clube Cesarense/Facebook

Numa breve viagem ao complexo desportivo do Futebol Clube Cesarense, em Oliveira de Azeméis, percebemos em que moldes o regresso do desporto-rei se está a concretizar.

Um dos principais receios, latentes também no universo de outras modalidades, passa pelo eventual abandono de muitas crianças, situação que preocupa os responsáveis.

Esta retoma a meio gás é mais uma etapa de um processo evolutivo, que se espera de muitas dificuldades. Do que os responsáveis clubísticos e associativos estão seguros é de que o futebol não deve ser encarado apenas como um palco de competição. É também uma atividade que promove o bem-estar físico e psíquico e é um espaço de socialização para as crianças e jovens envolvidos.

Artigo editado por Filipa Silva

Este trabalho foi originalmente realizado para o jornal Espectro no âmbito da disciplina de AIJ/Rádio, Online e Imprensa – 3.º ano