A Avenida dos Aliados foi palco de manifestações na tarde desta quinta-feira. O protesto juntou trabalhadores da CGTP e da refinaria de Matosinhos. A CGTP defendeu melhores condições de trabalho e vida. Os trabalhadores da Petrogal criticaram o silêncio de Rui Moreira contra o encerramento das instalações da petrolífera.

Os trabalhadores da Petrogal reuniram-se em plenário na Praça General Humberto Delgado, em frente à Câmara Municipal do Porto, esta quinta-feira, para contestar o que dizem ser o silêncio do presidente da autarquia, Rui Moreira, em relação ao encerramento da refinaria localizada em Matosinhos.

Os trabalhadores querem que as forças políticas do Norte se façam ouvir nesta matéria e aprovaram uma moção que exige à petrolífera uma reversão sobre a decisão de encerrar a refinaria. O autarca do Porto recebeu os representantes dos trabalhadores e apontou baterias ao Governo.

A decisão de encerramento da infraestrutura da Galp põe em causa 500 postos de trabalho diretos e mil indiretos. 

Os trabalhadores da Petrogal não foram, contudo, os únicos a manifestar-se na Avenida dos Aliados. Também a CGTP organizou um protesto para esta quinta-feira, manifestação que teve ramificações em vários pontos do território nacional. No Porto, a Jornada Nacional de Luta contou com cerca de uma centena de trabalhadores.

José Armando, do setor alimentar, foi um dos trabalhadores que marcou presença nesta manifestação Foto: Rita Magalhães

O aumento dos salários e o respeito pelos direitos laborais são algumas das medidas defendidas pela central sindical, que exige ao Governo uma mudança de rumo. 

Um dos setores presentes nesta manifestação foi o alimentar. José Armando, coordenador do sindicato da alimentação, explica que esta indústria não diminui a produção desde o início da pandemia. Os produtores de vinhos foram a única exceção. O trabalhador diz que objetivo desta jornada de luta foi transmitir à sociedade o impacto da pandemia nas empresas. O sindicalista considera que muitos patrões aproveitaram a situação pandémica para diminuir os salários e despedir os empregados, desrespeitando os contratos estipulados. 

Artigo editado por Filipa Silva