O protocolo foi assinado em março de 2019, entre a Federação Académica do Porto (FAP) e a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP). Na altura da assinatura do acordo, o antigo presidente da FAP, João Pedro Videira, tinha a convicação de que até ao final desse ano, deveria ser possível “lançar a primeira pedra” do projeto então batizado de “Bairro Académico”.

À agência Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, afirmava que o projeto seria uma realidade “no espaço máximo de dois anos”, estando a obra concluída no ano letivo de 2021/2022.

Dois anos volvidos, a obra da cooperativa de habitação estudantil que será construída em terrenos adjacentes à Universidade Lusíada, perto da Areosa, ainda não chegou ao terreno.

O JPN contactou a FAP, a Santa Casa da Misericórdia do Porto e a Universidade Lusíada para perceber em que ponto está a construção do Bairro Académico.

Só a Santa Casa da Misericórdia do Porto prestou esclarecimentos. Numa breve resposta por escrito, a entidade frisa que no contexto pandémico atual e atendendo à sua “missão”, “os recursos, meios e preocupações da Misericórdia do Porto foram dirigidos” para a sua “operação diária”.

A SCMP adiantou ainda que o Bairro Académicos vai ser desenvolvido “em parceria com uma entidade com experiência na gestão de Residências Universitárias”, mas não avançou qual. Além disso, acrescentou a SCMP, “a Universidade Lusíada ainda não deixou os terrenos” onde a obra terá lugar.

De acordo com a informação veiculada em 2019, o projeto para a primeira cooperativa de habitação da academia do Porto prevê a oferta de cerca de mil camas, com um preço a rondar os 250 euros por mês, e uma área de serviços como alimentação, lavandarias, cafés e parafarmácias.

Artigo editado por Filipa Silva