A época de Fórmula 1 com o maior número de corridas num só campeonato arranca esta sexta-feira, no Bahrein. As inovações nos monolugares, as caras novas e as diversas movimentações dos pilotos entre equipas são fatores que despertam a curiosidade dos fãs da modalidade. Este promete ser um fim de ciclo imprevisível, após a atribulada temporada de 2020.

2021 não vai ser um ano “normal” na Fórmula 1 (F1). Após uma época marcada pela pandemia de Covid-19, vitórias inéditas, incertezas no “mercado de transferências” e com uma nova regulamentação a entrar em vigor no próximo ano, o “circo” volta a percorrer os quatro cantos do mundo já a partir desta sexta-feira (26).

A primeira etapa do mais longo campeonato da história da modalidade começa em Sakhir, no circuito que serviu de palco para as primeiras fotografias aos monolugares em ação durante os testes de pré-temporada, entre 12 e 14 de março. Esta sexta-feira, às 11h30, volvidos doze dias, no mesmo local, decorre a primeira sessão de treinos livres da época. A corrida tem lugar no domingo (28), a partir das 16h00 em Portugal continental.

A grelha de 2021: a estreia de três jovens e o regresso de Alonso

O final da temporada de 2020 ficou marcado pela constante incerteza no “mercado de transferências”, com diversas equipas à procura de novos pilotos para os respetivos monolugares.

Para 2021, somente três equipas mantiveram a sua dupla de pilotos intacta (Mercedes, Alfa Romeo Racing e Williams), sendo que das restantes sete equipas, seis regressam à grelha com um dos pilotos de 2020 (Red Bull Racing, McLaren, Aston Martin, Alpine, AlphaTauri e Ferrari) e uma apresenta uma dupla totalmente diferente (Haas).

Do conjunto de 20 pilotos presentes na temporada passada, 16 permanecem na modalidade mais importante do automobilismo, aos quais se juntam três jovens vindos diretamente da Fórmula 2 (Mick Schumacher, Nikita Mazepin e Yuki Tsunoda) e o regresso de uma lenda da Fórmula 1, o bicampeão mundial Fernando Alonso, após dois anos de ausência, com participações em diversas provas, como a IndyCar Series e o Rally Dakar.

A adição de quatro caras “novas” significa que nomes como Alexander Albon (Tailândia; ex-Red Bull Racing), Daniil Kvyat (Rússia; ex-AlphaTauri), Kevin Magnussen (Dinamarca; ex-Haas) e Romain Grosjean (França; ex-Haas) perdem o seu lugar na grelha de 2021.

Nos casos de Albon e Kvyat, as performances não estiveram ao nível dos respetivos colegas de equipa (Max Verstappen e Pierre Gasly) e a Red Bull, responsável pela Red Bull Racing e AlphaTauri, preferiu apostar no experiente Sergio Pérez (ex-Racing Point) para substituir o piloto tailandês na Red Bull Racing e no rookie Yuki Tsunoda, membro do programa juvenil da Red Bull desde 2019, para o monolugar pertencente ao russo Kvyat.

Entre as diversas trocas de equipa, é de destacar a saída do tetracampeão do mundo Sebastian Vettel da scuderia Ferrari, após seis anos com a histórica construtora italiana, abraçando o projeto da Aston Martin. Daniel Ricciardo abandonou a Renault após os dois pódios de 2020 e junta-se ao promissor Lando Norris na McLaren, ficando assim com o monolugar de Carlos Sainz, que se junta à Ferrari e ao jovem prodígio Charles Leclerc, numa equipa que procura melhorias drásticas relativamente à época transata.

Apesar de manterem uma estrutura idêntica, dois construtores alteraram o seu nome este ano. A equipa francesa Renault passou a chamar-se Alpine (uma fabricante de automóveis que pertence à própria Renault) e a Racing Point, liderada pelo bilionário Lawrence Stroll, alterou o seu nome para Aston Martin, que apesar de patrocinar a Red Bull em 2018, não participava na Fórmula 1 como construtora desde 1960.

Construtores/Pilotos

  •         Mercedes: Lewis Hamilton (44; Grã-Bretanha) / Valtteri Bottas (77; Finlândia)
  •         Red Bull Racing-Honda: Max Verstappen (33; Holanda) / Sergio Pérez (11; México)
  •         McLaren-Mercedes: Daniel Ricciardo (3; Austrália) / Lando Norris (4; Grã-Bretanha)
  •         Aston Martin-Mercedes: Sebastian Vettel (5; Alemanha) / Lance Stroll (18; Canadá)
  •         Ferrari: Charles Leclerc (16; Mónaco) / Carlos Sainz Jr. (55; Espanha)
  •         Alpine-Renault: Fernando Alonso (14; Espanha) / Esteban Ocon (31; França)
  •         AlphaTauri-Honda: Pierre Gasly (10; França) / Yuki Tsunoda (22; Japão)
  •         Alfa Romeo Racing-Ferrari: Kimi Raikkonen (7; Finlândia) / Antonio Giovinazzi (99; Itália)
  •         Williams-Mercedes: George Russell (63; Grã-Bretanha) / Nicholas Latifi (6; Canadá)
  •         Haas-Ferrari: Mick Schumacher (47; Alemanha) / Nikita Mazepin (9; Rússia)

Número de circuitos recorde em 2021: 23

A partir desta sexta-feira (26), o Bahrein recebe o Grande Prémio (GP) inaugural da temporada, tal como em 2006 e 2010. Historicamente, o traçado de Albert Park, na Austrália, costuma ser o ponto de partida – o que já aconteceu 22 vezes desde 1995. A pandemia de Covid-19 obrigou ao cancelamento da prova australiana em 2020 mesmo antes da sessão de qualificação, após serem detetados casos positivos dentro do paddock. Este ano, só vai ser possível acompanhar as 58 voltas do GP da Austrália a 21 de novembro.

Para a época 2021/22 estão previstas 23 corridas, em 22 países diferentes, uma vez que Itália acolhe a competição quer em Imola (16 a 18 de abril), quer em Monza (10 a 12 de setembro). Os carros mais rápidos do mundo voltam a Portugal e ao circuito de Interlagos, no Brasil. A temporada que reúne o maior número de grandes prémios da história da F1 volta, assim, a cruzar oceanos e vai além da Europa ou do Médio Oriente.

Países como, por exemplo, Canadá, Estados Unidos, Rússia, Singapura, Japão e México voltam ao calendário. De realçar a ausência da corrida no Vietname – devido a conflitos políticos no país – cuja estreia estava marcada para 2020, e a exclusão de Mugello (GP da Toscana), Nürburgring (GP de Eifel) e Istambul (GP da Turquia) que constaram na rota das equipas em 2020. Outra das principais novidades deste ano é o regresso da F1 à Holanda, marco adiado pela pandemia. A última prova no país data de 1985.

O circuito de Zandvoort, intervencionado para acomodar os carros modernos, gera expetativas elevadas quanto à presença de milhares de fãs de Max Verstappen, mesmo que o número de ultrapassagens durante a corrida possa ser reduzido por se tratar de uma pista estreita. Uma das novidades do circuito holandês é o banking no final da curva 18: há agora uma inclinação de 18 graus, além do aumento da inclinação para 19 graus na terceira curva. A última vez que os monolugares da F1 enfrentaram inclinações de pista similares remonta a 2007, em Indianapolis.

Para além do circuito do Mónaco, também conhecido por permitir poucas ultrapassagens, o novo calendário conta com outros circuitos citadinos: Baku (Azerbeijão), Marina Bay (Singapura), Albert Park (Austrália) e o novo circuito, em Jeddah. O anúncio da realização do penúltimo Grande Prémio na Arábia Saudita motivou reações desfavoráveis, principalmente ao nível diplomático, sendo que a Amnistia Internacional condenou a realização deste evento num país marcado pela problemática dos direitos humanos.

Quanto ao circuito em si, as 27 curvas do traçado com 6.1 quilómetros, não são sinónimo de pé no travão. As previsões apontam para que sejam alcançados 252.8 km/h na reta, o que pode colocar o novo circuito no segundo lugar entre os mais velozes. Monza, com o registo mais elevado a marcar os 264.4 km/h, mantém-se como “templo da velocidade”. É necessário esperar pela confirmação deste dado até 5 de dezembro, mas já é possível explorar o novo local através da simulação oficial.

Mãos ao volante em 2021, olhos postos em 2022

O investimento na evolução dos carros por parte das equipas durante a temporada é uma incógnita. As equipas já devem estar a pensar no desenvolvimento dos carros de 2022, como Williams, Haas e Ferrari, mas não querem perder competitividade este ano. O adiamento da introdução das novas diretivas de 2021 para 2022 devido à pandemia baralhou os planos de algumas equipas, como é o caso da McLaren que queria fazer coincidir a assinatura do contrato para o usar um motor Mercedes com a entrada da F1 numa nova era. 

Apesar de todas as equipas serem obrigadas a manter o mesmo chasis da época anterior, os carros não vão ser exatamente iguais por força das alterações na aerodinâmica dos carros e pela possibilidade de melhorar alguns componentes através de um sistema de tokens. Asm elhorias na aerodinâmica e a expectável redução do centro de massa dos monolugares podem resultar no ganho de um segundo por volta.

Pensada como solução temporária, a introdução de uma “moeda” para proceder a alterações aos monolugares visa aproximar a performance das equipas. Cada equipa recebeu dois tokens que podem esgotar-se rapidamente. A título de exemplo, enquanto que proceder a alterações a embraiagens custa um token – o mesmo que mudar o sistema de abastecimento de água aos pilotos ou mudar a posição do extintor a bordo -, melhorar a suspensão traseira custa dois tokens. É um novo desafio para as equipas e nem todas quiseram revelar como gastaram esta “moeda”.

Em 2021 já entrou em vigor o teto orçamental de 145 milhões de dólares (quase 123 milhões de euros) para cobrir as despesas das equipas relacionadas com o desenvolvimento dos carros. No próximo ano, o montante máximo vai ser de 135 milhões euros e, em 2023, de cerca de 114 milhões de euros. Estes valores não incluem custos de marketing nem os salários dos pilotos e dos três funcionários com melhores rendimentos. Fora das restrições orçamentais estão também os 45 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros) que as equipas podem gastar na aquisição de novos equipamentos para as suas fábricas até 2024.

O tempo dedicado ao desenvolvimento dos carros também sofre alterações. Às equipas com menor pontuação na época passada é atribuído mais tempo na preparação do carro para a nova época, especialmente, no que diz respeito ao uso do túnel de vento para realizar testes à aerodinâmica dos monolugares. Esta é uma situação que ganha ainda mais importância em 2022: a percentagem dos testes autorizados vai aumentar para os últimos classificados, em ano de introdução das novas regras, e vai ser mantida até 2025, pelo menos. O objetivo desta e de outras medidas é aproximar as diferentes equipas e fazer prevalecer a influência do piloto na classificação final sobre a do carro que conduz.

Durante a temporada de 2021, já se prevê um frenesim maior durante as sessões de sexta e sábado. Os treinos-livres passam a ter a duração de uma hora – antes, as duas primeiras sessões duravam hora e meia – e vai ser testado um novo modelo de qualificação para as corridas em circuitos ainda a definir. As sprint races, corridas de curta duração entre todos os adversários para definir a grelha de partida, vão substituir o tradicional modelo que consiste em estabelecer os tempos mais rápidos ao longo de três sessões. Nestas corridas vão ser atribuídos pontos aos três primeiros classificados. Assim, é esperada mais ação em pista e várias surpresas na classificação.

As regras que chegam em 2022 vão moldar o futuro da F1. Os novos carros devem ser mais pesados para que as equipas não tenham a necessidade de usar materiais tão leves produzidos a partir de matéria-prima rara, cuja extração polui o meio ambiente. Novos materiais como linho, algodão e bambu passam a ser permitidos na hora de construir os monolugares.

Atingir a “neutralidade carbónica”, ou seja, reduzir a zero as emissões de CO2 até 2030, é o derradeiro desafio ambiental para a Federação Internacional do Automóvel (FIA). A pegada ambiental da F1 em 2019 foi, segundo a FIA, de 256.551 toneladas de carbono emitido. Os motores dos monolugares foram responsáveis por 0,7% desse valor. A logística que envolve o campeonato é responsável por 45% das emissões, seguida dos transportes aéreos e terrestres, com 27,7%, enquanto as infra-estruturas e as fábricas são responsáveis por 19% das emissões.

As primeiras impressões dos novos carros

A pandemia agudizou o decréscimo do tempo dedicado às equipas para os testes de pré-temporada, previamente motivadas por razões económicas e preocupações ambientais. Se em 2009 foram 68 dias de teste em oito circuitos diferentes, dez anos depois esses valores foram reduzidos para 14 dias e três circuitos, respetivamente. Em 2021, dadas as restrições impostas, só foi possível experimentar os carros ao longo de três dias, num único circuito (Bahrein), num total de três mil voltas completadas pelas equipas.

Para já, no Bahrein, Kimi Raikkonen foi quem aproveitou ao máximo o tempo disponível para explorar o carro dentro de pista, num só dia. As suas 165 voltas no terceiro dia de testes correspondem a uma distância percorrida quase equivalente a três grandes prémios. A scuderia Alfa Romeo, a par da AlphaTauri, foram, de resto, as equipas com mais voltas ao longo dos três dias (422). Por outro lado, a Mercedes de Lewis Hamilton – piloto que perdeu o controlo do carro e ficou preso na gravilha no segundo dia e que rodopiou na última sessão de testes – apenas completou 304 voltas, ocupando a última posição deste ranking.

A equipa germânica mostrou mais alguns problemas relacionados com a caixa de velocidades e apenas conseguiu liderar a segunda sessão por intermédio de Valtteri Bottas. Ainda que este ano não possam contar com o sistema inovador DAS, o ritmo dos campeões em título continua a ser melhor do que a concorrência, a longo termo. A dupla Max Verstappen-Sergio Pérez mostrou que a Red Bull tem potencial para batalhar lado a lado com os rivais, mas ainda há um longo caminho a percorrer. No segundo dia de treinos, surgiu outra bandeira vermelha quando o Red Bull de Sergio Pérez perdeu uma parte do revestimento do carro enquanto perseguia Latifi (Williams). Por seu turno, Max Verstappen estabeleceu a volta mais rápida da pré-temporada.

No primeiro dia, um incidente no carro de Charles Leclerc (Ferrari) originou também uma interrupção com bandeira vermelha. O ritmo da equipa continua abaixo das expectativas, pelo que o último lugar do pódio no campeonato de construtores pode voltar a ser uma miragem. Apesar da tempestade de areia que cobriu o circuito, os carros continuaram a circular. Contudo, o estreante Mick Schumacker (Haas) foi forçado a parar devido a problemas hidráulicos no seu carro.

Durante os três dias de testes, os novos carros verdes do pelotão, os Aston Martin, sofreram vários contratempos, como falhas elétricas e problemas na caixa de velocidades e turbocompressor. Já os pilotos da Alpine testaram duas especificações das unidades de potência de produção própria – as outras equipas seguem o modelo da Mercedes. A configuração testada por Alonso baixa o centro de massa do monolugar, enquanto Ocon experimentou uma configuração que reduz a eficiência aerodinâmica e a estabilidade em prol de um melhor arrefecimento do motor.

Os resultados surpreendentes de Tsunoda (Alpha Tauri) podem ser justificados pelo uso prematuro do Sistema de Redução de Arrasto (DRS) na reta principal, o que só é legal durante os testes. O DRS aumenta a velocidade do veículo diminuindo a sua resistência ao ar.

Em testes estiveram também os novos pneus da Pirelli, mais robustos na tentativa de evitar furos e outros problemas detetados durante a temporada anterior, em especial, no GP de Silverstone (Grã-Bretanha). O conjunto de pneus a utilizar em cada corrida volta a estar pré-definido, reduzindo problemas logísticos em tempos de pandemia.

Escolha dos compostos

Tipos de pneus predefinidos para cada circuito. Pirrelli

2020: a pandemia, os recordes de Hamilton, as primeiras vitórias e Portugal

No ano em que a Fórmula 1 celebrou o seu 70.º aniversário, as condicionantes relacionadas com a Covid-19 alteraram por completo o calendário previamente estabelecido pela organização da F1.

Com início agendado entre os dias 13 e 15 março, no Circuito de Albert Park, em Melbourne, as “caravanas” instalaram-se na cidade australiana com a esperança de um começo relativamente normal da temporada de 2020, mas apesar dos esforços da organização e do governo australiano, a prova foi cancelada após serem detetados casos positivos à Covid-19 dentro do paddock e o campeonato ficou suspenso por tempo indeterminado.

A “ignição” dos monolugares só foi possível a partir do mês de julho e após muita deliberação por parte da FIA. Com a situação pandémica ainda agravada em muitos países, tornou-se inevitável o cancelamento de diversas provas, 13 no total, entre as quais se destacam grandes prémios clássicos como o do Mónaco, que se realizava ininterruptamente desde 1955, e do Brasil, mas também provas habitualmente presentes no novo milénio como o GP dos Estados Unidos e do Azerbaijão.

O novo calendário foi sendo construído ao longo da temporada, acabando por ser concluído com apenas 17 provas em 14 países diferentes, com alguns circuitos a receberem jornada dupla (Red Bull Ring, Áustria; Circuito de Silverstone, Grã-Bretanha; Circuito Internacional do Bahrein), num campeonato que começou no dia 5 de julho com o GP da Áustria e que terminou, como habitualmente, no GP de Abu Dhabi, a 13 de dezembro e que incluía o regresso de circuitos clássicos como Imola e a estreia do Circuito Internacional do Algarve na Fórmula 1.

Portugal foi um dos “convidados” para a celebração do 70.º aniversário da F1 após 24 anos de ausência no calendário, tendo sido a 12.ª prova da temporada, realizada entre os dias 23 e 25 de outubro.

Apesar das incertezas relativas aos locais da competição, a verdade é que na pista não havia dúvidas de que a Mercedes era, mais uma vez, a equipa mais poderosa. Habituada a dominar a competição desde o início da “era híbrida”, a construtora alemã introduziu um novo sistema intitulado de DAS (Dual Axis Steering), uma ideia inovadora que permitia aos seus pilotos alterar o posicionamento de aspetos como a suspensão e a direção dos pneus através do posicionamento de um volante ajustável.

Os pilotos Lewis Hamilton (à direita) e Valtteri Bottas (à esquerda) com o diretor da equipa de F1 da Mercedes, Toto Wolff (ao centro) Fonte: Lewis Hamilton/Facebook

A conjugação do DAS com o poderoso motor Mercedes e um pacote aerodinâmico semelhante ao de 2019, permitiu à Mercedes dominar a competição, vencendo 13 dos 17 grandes prémios em disputa. Apesar da estreia em grande de Valtteri Bottas, foi o seu companheiro Lewis Hamilton que saiu vitorioso por 11 vezes, amealhando um total de 347 pontos e sagrando-se campeão do mundo pela sétima vez na sua ilustre carreira, igualando o recorde estabelecido por Michael Schumacher.

Por JornalismoPortoNet: feito através de Flourish

O Grande Prémio de Portugal foi palco de outro recorde quebrado pelo piloto britânico da Mercedes, que ultrapassou, neste dia, o recorde de vitórias em grandes prémios que também pertencia a Schumacher, sendo, atualmente, líder isolado deste ranking histórico, com 95 vitórias.

A temporada de 2020 ficou também marcada pelas primeiras vitórias na carreira de Pierre Gasly (AlphaTauri) e Sergio Pérez (Racing Point). O piloto francês conquistou uma vitória inesperada em Monza, a primeira para a AlphaTauri (ex-Toro Rosso e Minardi) desde 2008, que foi dedicada, entre outros, ao seu amigo de longa data Antoine Hubert, piloto de Fórmula 2 que faleceu em 2019 num acidente com Juan Manuel Correa, no Circuito de Spa.

Já “Checo” Pérez, veterano do desporto e com diversos pódios ao longo da carreira, conquistou uma vitória no penúltimo GP da temporada, em Sakhir. Numa altura em que ainda estava sem contrato para a temporada de 2021, o piloto mexicano mostrou toda a sua valência, com uma recuperação fantástica e beneficiando dos problemas mecânicos de George Russell, que devido ao teste positivo de Lewis Hamilton, teve a oportunidade de guiar um Mercedes pela primeira vez.

É precisamente no mesmo circuito, em Sakhir, que as luzes se apagam entre hoje (26) e domingo (28 de março) para dar inicio à época de 2021.

Sexta-feira, 26 de março
11h30: Primeira sessão de Treinos Livres
15h00: Segunda sessão de Treinos Livres

Sábado, 27 de março
12h00: Terceira sessão de Treinos Livres
15h00: Qualificação

Domingo, 28 de março
16h00: Corrida

Artigo editado por Filipa Silva