Centenas de pessoas - entre setecentas e mil, confirmou fonte policial ao JPN - protestaram este sábado (17), no Porto, contra a corrupção. Organização assegura que “as manifestações vieram para ficar e poderão escalar”.
Muitos participantes colocaram máscaras ‘covid’ com a frase ‘Prendam o Sócrates’. O antigo primeiro-ministro, que o juíz Ivo Rosa decidiu não levar a julgamento pelo crime de corrupção passiva, no âmbito da Operação Marquês, foi mesmo a figura mais visada pelos manifestantes que se reuniram este sábado no Porto.
O desfile partiu da Praça Carlos Alberto e teve fim na Praça da Cordoaria, em frente ao Palácio da Justiça, que se manteve protegido por cordão policial.
Nesse local, os manifestantes pronunciaram palavras de ordem, cantaram o hino nacional e, de forma simbólica, viraram-se de costas para o tribunal durante um minuto.
O protesto, que se define, na convocatória feita através do Facebook pela Indignados Porto, como uma “manifestação pública, pacífica e apartidária”, pretendeu denunciar “a corrupção e sentimento de impunidade que se instala na Sociedade portuguesa”.
Miguel Dams, um dos coordenadores da marcha, que se apresentou como ‘Miguel Indignado’, disse ao JPN que as pessoas “estão cansadas e fartas”. “É o sentimento de impunidade generalizado que nos indigna”, afirmou.
Questionado sobre iniciativas futuras, assegurou que “as manifestações vieram para ficar e poderão escalar”. “Mas eu espero que não”, concluiu.
Artigo editado por Filipa Silva